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Renault Kwid elétrico chega ao Brasil em 2022 e quer ser o mais barato
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Renault Kwid elétrico chega ao Brasil em 2022 e quer ser o mais barato

Kwid que pluga na tomada foi confirmado pelo CEO do grupo Renault, Luca de Meo, em visita às instalações da marca francesa no Brasil

Diogo de Oliveira

15 de nov, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Renault Kwid elétrico
Renault Kwid elétrico deve chegar no Brasil com autonomia de 321 km
Crédito:Renault/Divulgação

O Renault Kwid é, atualmente, o carro mais barato do Brasil, com preço a partir de R$ 48.790. Pois a marca francesa vai lançar em 2022 uma versão do seu popular recarregável em tomadas. A novidade foi confirmada pelo CEO do grupo Renault, Luca de Meo. Pela primeira vez em sua gestão, o executivo esteve no Brasil para conhecer as instalações da empresa.

Durante a visita ao complexo industrial de São José dos Pinhais, no Paraná, Luca de Meo reafirmou que a Renault vai “se posicionar em segmentos mais altos do mercado”, e que “o mesmo vai acontecer no Brasil”. Além disso, o CEO falou sobre os planos para avançar na eletrificação da gama da marca no País e também na região da América do Sul.

“O Brasil é um mercado estratégico para a Renault. Vamos utilizar todo o nosso ativo tecnológico de 10 anos de experiência em veículos elétricos, o que nos coloca na vanguarda neste segmento”, disso Luca de Meo.

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Renault Kwid elétrico
Renault/Divulgação

Como será o Kwid elétrico

Com lançamento garantido para 2022, o Renault Kwid ZE (sigla de “zero emissões”) será feito sobre irmão gêmeo chinês, City K-ZE. A versão alimentada por baterias surgiu em 2019, no Salão de Xangai, mas como um modelo exclusivo para o mercado chinês. Entretanto, deste então, já se aventava a possibilidade de o Kwid elétrico vir ao Brasil.

Com a iminente reestilização do Renault Kwid, esperada para o próximo mês de dezembro, o Kwid elétrico terá, portanto, o mesmo visual da nova linha brasileira. Dessa forma, será o momento perfeito para a chegada da versão a eletricidade. Segundo Luca de Meo, o modelo brasileiro terá diferenças de estilo e de mecânica em relação ao chinês.


Renault Kwid elétrico
Renault/Divulgação

Lá na China, o City K-ZE traz um motor elétrico com 44 cv de potência e um torque máximo de 12,1 mkgf. Com ele, o hatch chega à velocidade máxima de 104 km/h e tem autonomia para rodar cerca de 200 km com as baterias cheias. Para o Brasil, a marca deverá usar um motor mais forte, que fique mais próximo em desempenho dos 70 cv do atual 1.0 flex.

Já em relação às tecnologias embarcadas, o Kwid elétrico será bem menos refinado que o Zoe e-Tech, lançado aqui no começo de 2021. Para ter preço acessível, virá com o básico, como ar-condicionado, direção elétrica, freios ABS e airbags frontais e laterais. Pode ganhar controle de estabilidade. Já a multimídia terá tela maior e mais conectividade com smartphones.




Renault Kiger
Renault/Divulgação

Futuro do Sandero em jogo

Em sua visita, Luca de Meo não deu pistas sobre o futuro do Sandero no mercado brasileiro. E esse silêncio é um sinal de que a marca vai mesmo aposentar o hatch e o sedã Logan em um futuro próximo. Tal como o Jornal do Carro noticiou em setembro, a matriz da Renault na França mandou cancelar as novas gerações de Logan e Sandero no Brasil.

Até então, a chegada dos novos modelos era considerada certa. E parecia contemplada no investimento de R$ 1,1 bilhão para a renovação da gama nacional da marca até meados de 2022. Entretanto, ao que parece, o Logan sairá de linha no Brasil, enquanto a marca planeja lançar um novo SUV abaixo do Duster para substituir o Sandero.


Esse utilitário tem tudo para ser o Kiger (foto acima), que estreou esse ano na Índia. O pequeno utilitário usa a mesma base do Kwid (CMF-A), o que facilitará a sua nacionalização no Paraná.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”