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Aceleramos o novo Toyota SW4 GR-S com preparação da Gazoo Racing
Avaliação

Aceleramos o novo Toyota SW4 GR-S com preparação da Gazoo Racing

Nova versão GR-S da Toyota SW4 tem suspensão e amortecedores modificados pela divisão esportiva Gazoo Racing; SUV tem preço de R$ 415.790

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

09 de dez, 2021 · 6 minutos de leitura.

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SW4
SUV unirá motor 2.8 turbodiesel de 224 cv e um pequeno gerador que serve como alternador e carrega bateria auxiliar de 48 volts
Crédito:Toyota/Divulgação

A Toyota lança neste mês de dezembro, no Brasil, o terceiro carro da marca com alterações feitas pelo seu time de competição, o Gazoo Racing. Depois da Hilux GR-S no fim de 2019 e do Corolla GR-S com toques esportivos, é a vez do SW4 ganhar modificações estéticas e de engenharia.

Uma das principais mudanças sentidas na nova versão é a suspensão do SUV, que foi alterada e recebe novos amortecedores monotubo. Dessa forma, entregam uma direção mais direta e firme. Com todas as modificações, o SW4 GR-S com ajustes esportivos chega às lojas ao preço sugerido de R$ 415.790.

Perfomance melhorada

Neste primeiro contato, o Jornal do Carro acelerou a novidade em circuito fechado, e, mesmo assim, já deu para ter uma noção razoável das alterações. No caso da suspensão, por exemplo, com os amortecedores telescópicos, é possível notar que existe uma maior exatidão na direção e reduz movimento na cabine. Inclusive, até surpreende por se tratar de um veículo grande, com 4,79 metros de comprimento.

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Toyota SW4
Divulgação/Toyota

Por conta desse controle dinâmico maior, o SW4 GR-S passa mais segurança nas curvas, até nas mais fechadas. Além disso, com o sistema de amortecimento mais firme, o carro responde mais prontamente aos movimentos do volante. Essa relação pode ser notada até mesmo no giro do volante, que tem, portanto, uma relação mais direta.

Mas, por outro lado, o conjunto mecânico continua o mesmo. Ou seja, sem alterações em relação às demais versões. O motor é o 2.8 litros turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm de torque a 2.800 rpm. O câmbio é automático de 6 marchas, que até atende bem ao conjunto do carro. Já a tração é 4×4 com reduzida, tendo bloqueio de diferencial traseiro.




Visual mais arrojado

Inicialmente, logo se vê que o visual do SW4 foi renovado. Para tornar o design mais esportivo, o SUV ganhou novos para-choques com difusores, spoiler traseiro e pneus com rodas de liga leve de 18 polegadas. Além disso, também há novos faróis em Full LEDs na dianteira, bem como emblemas exclusivos por toda a carroceria.

No entanto, apesar dos detalhes que fazem a diferença, o que mais chama são as cores. Além do tradicional Preto Mica, a nova SW4 conta, pela primeira vez, com versão com pintura em dois tons, que combina branco pérola com o teto preto brilhante. Da mesma forma, peças em black piano deixam a dianteira e a traseira com aparência mais marcante.

Divulgação/Toyota

Interior tecnológico  

Por dentro, o SW4 não mudou muito. Os bancos, nesta versão, são uma mescla de couro e suede, com costura vermelha pespontada que causa um contraste bonito com os detalhes clássicos. Nos apoios de cabeças, há bordados com o emblema Toyota Gazoo Racing.

No quesito tecnologia, o SUV continua com uma tela multimídia de 8 polegadas com conexão com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Além disso, tem GPS, TV Digital, Bluetooth e conexão USB. O sistema de som é da marca JBL, com 10 alto-falantes no total.


Na segurança, o SW4 vem com o pacote Toyota Safety Sense. Dessa forma, possui sistema de visão 360°, alerta de ponto cego e de tráfego traseiro, sistema de pré-colisão frontal, alerta de saída de faixa e controle de cruzeiro adaptativo (ACC). Complementam a lista os 7 airbags, assistente de frenagem de emergência e controles de estabilidade e tração.

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Ficha Técnica

Toyota SW4 GR-S

Preço

R$ 415.790 (sugerido)

Motor

Diesel, 2.8 turbodiesel 16V

Potência

204 cv

Torque máximo

50,9 kgfm

Câmbio

Automática de 6 velocidades

Comprimento

4,79 metros

Largura

1,85 metros

Altura

1,83 metros

Entre-eixos

2,74 metros

Vão livre do solo

279 milímetros

Peso

2.750 kg

Tração

4x4 e 4x4 reduzida

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”