Dica do Tião

Motor flex, o ‘dois em um’ que conquistou os brasileiros

Você sabe como funciona o carro que pode rodar usando gasolina, etanol ou mistura dos dois em qualquer proporção?

Tião Oliveira

28 de jan, 2022 · 3 minutos de leitura.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante Bradesco Seguros

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Os motores flex chegaram ao mercado em 2003 trazendo uma grande inovação: a possibilidade de o condutor abastecer o carro com gasolinaetanol ou a mistura dos dois em qualquer proporção, oferecendo economia. 

A tecnologia conquistou o coração dos brasileiros, mas, quase duas décadas após o seu lançamento, muitos ainda têm dúvidas sobre esse tipo de motor. A mais comum é se ele precisa “se acostumar” com etanol se o carro for abastecido antes só com gasolina, e vice-versa. 

Everton Silva, diretor de tendências tecnológicas da Associação de Engenharia Automotiva (AEA), explica que esses veículos possuem o chamado “aprendizado de combustível”, já que a central eletrônica do motor possui diversos mapas de calibração para diferentes teores de etanol na gasolina, além do etanol 100%.

Quando essa transição é feita de forma mais suave – você tinha meio tanque de etanol e completou com gasolina, por exemplo – o motor se adapta com mais rapidez. 

Se o tanque estiver quase vazio de gasolina e você completar com etanol, a mudança será mais abrupta e a central vai precisar de mais tempo para se ajustar, então, é bom rodar uns 3 quilômetros, mais ou menos, para que ocorra esse processo. 

“Mas a eletrônica atual é tão avançada que o motorista nem vai perceber qualquer diferença”, afirma Silva. “De qualquer forma, também é recomendável evitar manobras bruscas, como sair acelerando a plena carga após realizar uma mudança dessas.”

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.