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Renault inicia testes no Brasil com nova plataforma e motor 1.0 turbo
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Renault inicia testes no Brasil com nova plataforma e motor 1.0 turbo

Renovando sua gama no Brasil, Renault vai apostar nos motores 1.0 TCe turbo e 1.3 TCe turbo flex; marca pretende lançar dois SUVs

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

01 de fev, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Renault Clio europeu
Renault Clio europeu aparece em testes no Paraná sob nova plataforma da marca
Crédito:Divulgação/Renault

A Renault continua a acelerar sua agenda de lançamentos no Brasil. Após lançar o novo Kwid, a francesa está na reta final para a estreia dos novos Duster e Duster Oroch com o motor 1.3 TCe turbo flex, que deve ganhar produção local em breve. Mas, paralelamente, a marca também está trabalhando na nova geração de modelos nacionais.

De acordo com a apuração do Auto Segredos, os testes com a plataforma CMF-B e o motor 1.0 TCe turbo já começaram no País. Trata-se da mesma base do Clio europeu que, não por acaso, veio para servir de mula nessa fase inicial e está em testes no Paraná.

Em março do ano passado, o Jornal do Carro adiantou que a montadora anunciou um investimento de R$1,1 bilhão na fábrica de São José dos Pinhais, com o objetivo de renovar sua gama nacional. Nesse processo, Captur, Duster, Kwid e Oroch ganharam renovações. No entanto, em contrapartida, modelos como a dupla Logan e Sandero foram cancelados, bem como o aventureiro Stepway.

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Renault Sandero e Logan 2022
Renault/Divulgação

Portanto, aproveitando esse processo de renovação da marca no mercado brasileiro e diante do cenário ainda turvo da pandemia, a cúpula vai seguir as orientações do CEO Luca de Meo e apostar em novos SUVs.



O que vem por aí

Até o momento, o que se sabe é que a Renault planeja lançar um novo SUV compacto abaixo do Duster, para substituir o Sandero, que, como sabemos, não terá nova geração por aqui. Outro modelo certo nos planos da marca é o inédito SUV de 7 lugares Bigster, previsto para estrear em 2023, com vendas no Brasil a partir de 2024.


O utilitário terá porte avantajado e pretende disputar clientes com Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos, apostando, para isso, em preços competitivos. Além disso, a partir de 2025, ganhará uma versão eletrificada. Ou seja, provavelmente terá opção híbrida flex.

Renault 4x4
Dacia/Divulgação

Aliás, o modelo pretende popularizar o carro híbrido na Europa e, quem sabe, também no Brasil e região. Em vez de apostar no diesel ou em motores a gasolina, o Bigster combinará um motor elétrico ao 1.2 TCe turbo de 3-cilindros. Com esse conjunto, promete ser econômico.


SUV Kiger é opção ao Stepway

No início de 2021, a Renault apresentou um novo SUV compacto na Índia. Com 3,99 metros de comprimento, o Kiger é menor que o Duster. O projeto, feito a partir da plataforma alongada do subcompacto, chama CMF-A+. Dessa forma, o SUV pequeno pode ser um bom substituto do Stepway no Brasil.

Apesar de menor que SUVs compactos populares, como Honda HR-V, Hyundai Creta e Nissan Kicks, o Renault Kiger tem um porta-malas generoso de 405 litros, que fica próximo dos 430 litros (em média) do trio citado. Isso com um entre-eixos de 2,50 m, que equivale ao de um hatch compacto. Ou seja, em tamanho, é bem próximo do Fiat Pulse.

Renault Kiger
Renault/Divulgação

Conflito interno

Segundo uma apuração feita em setembro pela revista Quatro rodas, em conjunto com o Autos Segredos, o projeto da nova geração de Logan e Sandero estava bem adiantado. A previsão de lançamento era agora em 2022. Contudo, os modelos, também baseados na plataforma CMF-B, não foram aprovados pela matriz, na França.

Dessa forma, a fabricação da dupla não acontecerá no Brasil, nem na Colômbia ou na Argentina. A princípio, a decisão da matriz vale pelos próximos três anos.

Até lá, a expectativa é de que a Renault mantenha as configurações de Logan e Sandero até 2024, quando os novos protocolos de exigência de controles de tração e estabilidade de série para todos os carros zero km entrará em vigor.  Assim, o que pode mudar é a gama de versões disponíveis.


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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.