Você está lendo...
Novo Honda City tem isenção de IPI liberada para o público PCD
Legislação

Novo Honda City tem isenção de IPI liberada para o público PCD

Modelo se enquadra no teto de R$ 200 mil estabelecido pela Lei 14.287, que dá desconto do IPI para Pessoas Com Deficiência

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

07 de fev, 2022 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Honda City
Honda City tem isenção de IPI para PCD, mas fica de fora do desconto de ICMS por custar mais de R$ 100 mil
Crédito:Honda/Divulgação

Dois meses após chegar às lojas do País, a nova geração do Honda City está disponível para o público PCD (Pessoas com Deficiência). Com preço a partir de R$ 108.300 – R$ 112.300, em São Paulo – o novato fica fora do teto de R$ 100 mil para isenção de ICMS. Entretanto, o sedã compacto é elegível para isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), cujo novo teto é de R$ 200 mil.

De acordo com a lei Lei 14.287, em vigor desde 1 de janeiro, o novo teto amplia a oferta de veículos 0-km para o público PCD. Dá, por exemplo, para comprar qualquer sedã médio ou SUV compacto à venda no mercado brasileiro.

Nesse sentido, o valor permite acesso ao benefício para todas as versões do Honda City. Mas não há promoção especial por parte da fabricante. O modelo, feito em Itirapina (SP), tem três versões de acabamento: EX, EXL e Touring.

Publicidade


Honda City
Diogo de Oliveira/Estadão

Todas as configurações do sedã da Honda têm a mesma mecânica. Trata-se do motor 1.5 flex de injeção direta e até 126 cv de potência e câmbio automático do tipo CVT, que simula 7 marchas. Assim, a porcentagem do desconto do IPI é o mesma para todas as versões. Cabe relembrar que a variação percentual baseia-se de acordo com a motorização do veículo.

Funciona assim: a alíquota vai de 7%, no caso dos carros com motores até 1.0 flex, até 25%, nos modelos com motor acima de 2.0 a gasolina ou diesel e de qualquer cilindrada.


Outras regras para o desconto do IPI

Passível de isenção uma vez a cada dois anos, o desconto do IPI para PCD se aplica sobre o valor-base do carro. Este, portanto, deve ter fabricação nacional e motorização até 2,0 litros. O valor limite de R$ 200 mil ficou R$ 60 mil maior que antes. O novo teto, inclusive, se estende até 31 de dezembro de 2026.



Além de taxistas e de pessoas com deficiência auditiva – antes excluídos do programa -, a lei isenta portadores de deficiência física, visual e mental severa ou profunda do pagamento de IPI. Quem tem transtorno do espectro autista também recebe desconto.

Picapes, por se enquadrarem na categoria de comerciais leves, ficam de fora do benefício. E não há isenção para acessórios extras em casos de adaptação do veículo. Desse modo, apenas itens originais de fábrica ficam livres do tributo.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.