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Novo Ford Everest, SUV da Ranger, estreia em março e interessa ao Brasil
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Novo Ford Everest, SUV da Ranger, estreia em março e interessa ao Brasil

SUV de 7 lugares Everest colocará a Ford na disputa contra Toyota SW4, Chevrolet Trailblazer, Mitsubishi Pajero Sport e outros SUVs premium

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

19 de fev, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Ford
Apresentação do Ford Everest está agendada para o dia 1 de março
Crédito:Ford/Divulgação

A Ford vai revelar no dia 1º de março a nova geração do SUV de 7 lugares Everest. A estreia será na Ásia, porém, o utilitário feito sobre a nova Ranger é global e interessa aos mercados da América do Sul, sobretudo ao Brasil. Aqui, o Ford Everest será boa opção a partir de 2023 para disputar vendas com Toyota SW4, Chevrolet Trailblazer e Mitsubishi Pajero Sport, para citar os SUVs derivados de picapes médias. Mas há outros concorrentes com 7 lugares, como o Jeep Commander.

Autoevolution/Reprodução

Um facilitador para a vinda do novo Ford Everest é a produção local da nova geração da picape Ranger, que será feita a partir de 2023 na fábrica de General Pacheco, na Argentina – de onde virá importada ao Brasil. Chamado na Índia como Endeavour, o Everest pode, então, ganhar produção no país vizinho e desembarcar por aqui também no ano que vem.

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Detalhes extras

Os detalhes do SUV de 7 assentos ainda são desconhecidos. Entretanto, durante evento online, Max Wolff, diretor de design do Everest, enfatizou a robustez do novato (veja vídeo abaixo). Nesse sentido, conforme o Jornal do Carro antecipou, a nova Ranger terá sistema shift-on-the-fly que permite trocas entre os modos 4×2 e 4×4 por meio de botão.

Ou seja, o SUV deve seguir os mesmos passos da picape e oferecer tração integral permanente. Por fora, o modelo tem a mesma dianteira da nova Ranger. Destaque para os faróis em formato “C” que se conectam à barra cromada que corta a grade. Iluminação Full LEDs está no pacote. Por fim, o SUV terá teto solar panorâmico e lanternas traseiras de LEDs.


Ford
Autoevolution/Reprodução

Cabine ao estilo Ranger

Já no interior, “criamos um ‘santuário’ com apontamentos premium, onde os clientes podem se sentir relaxados, independentemente do que se passasse lá fora”, descreve Wolff. A promessa é, portanto, agregar sistemas avançados de assistência ao condutor. Espera-se o mesmo cockpit das versões topo de gama da picape, assim como fartura de comandos digitais e materiais de acabamento de primeira linha.

A motorização do Everest também segue sob sigilo, mas três opções estão em pauta. A primeira é o 2.0 EcoBlue movido a diesel, de 213 cv. Já o 2.3 EcoBoost (a gasolina) pode ficar disponível em alguns mercados. O 3.0 TDI V6 a diesel, feito pela Volkswagen, também não está descartado. Afinal, Amarok e Ranger usarão o mesmo chassi no modelo 2023.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”