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Mais vendidos: HB20 líder e Fiat Pulse no ‘top 5’, veja o ranking
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Mais vendidos: HB20 líder e Fiat Pulse no ‘top 5’, veja o ranking

Na lista de abril, Volkswagen T-Cross cai 6 posições e marca alemã perde espaço no ranking das marcas; Fiat Argo se recupera

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

03 de mai, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Crédito:Fiat/Divulgação

O mercado brasileiro de veículos vive um começo de ano muito ruim. Os números do mês de abril, divulgados nesta terça-feira (3) pela Fenabrave, a federação dos concessionários, foram decepcionantes. Ao todo, 136.341 automóveis e comerciais leves foram entregues, pouco para um mercado que, nos meses mais fortes, superava 300 mil unidades. Na comparação com março, com 134.904 unidades, o crescimento foi de modestos 1,08%. Contudo, mesmo sem apresentar evolução nos números, o ranking dos carros mais vendidos tem novidades.

A Fiat Strada continua líder isolada, com o Hyundai HB20 em alta na 2ª colocação – e líder entre os automóveis. Enquanto isso, o Chevrolet Onix caiu de posição e ficou em 4° lugar, com 5.574 unidades vendidas. Ou seja, atrás do Fiat Mobi, que foi o 3º mais emplacado no mês passado. Mas a principal novidade é a liderança dos SUVs, que, pela primeira vez, é do Fiat Pulse. O modelo feito em Betim (MG) somou 5.520 unidades em abril, e ficou, assim, com o 5° lugar do ranking geral.

Com o SUV compacto, a marca italiana se fortalece e tem cinco modelos no “top 10”. Para se ter uma ideia, o Pulse passou o T-Cross, líder dos utilitários no acumulado, com quase mil carros a mais que o rival. O SUV da VW, por sinal, despencou do 4° para o 10° lugar em abril, por causa da escassez de componentes que afeta a marca alemã no momento.

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ranking
Divulgação/Chevrolet

Ranking: os carros mais vendidos de abril

Na lista dos modelos mais vendidos há outras mudanças importantes em relação aos emplacamentos de março. É o caso, por exemplo, do Fiat Argo, que estava em 18° lugar, com 3.078 vendas. O hatch subiu em abril para o 6° lugar, com o dobro de vendas. Outro que se destacou em abril foi o sedã Chevrolet Onix Plus, que saltou da 12ª para a 7ª posição.



Os SUVs continuam na crista da onda, mas tivemos alguns recuos importantes em abril. O Chevrolet Tracker , por exemplo, saiu do “top 10” e fechou o mês passado em 11° lugar, com 4.410 unidades. Da mesma forma, o Hyundai Creta saiu da lista dos dez mais vendidos do ranking, e aparece em 12°. Além disso, o Jeep Renegade, que ganhou a linha 2023 em fevereiro, ainda tenta recuperar o fôlego de 2021, quando liderou as vendas de SUVs no País. O ranking de abril ficou assim:


  • 1º) Fiat Strada – 7.983
  • 2º) Hyundai HB20 – 6.502
  • 3º) Fiat Mobi – 5.911
  • 4º) Chevrolet Onix – 5.574
  • 5º) Fiat Pulse – 5.520
  • 6º) Fiat Argo – 5.488
  • 7º) Chevrolet Onix Plus – 5.240
  • 8º) Fiat Toro – 5.107
  • 9º) Jeep Compass – 4.766
  • 10º) Volkswagen T-Cross – 4.570
  • 11º) Chevrolet Tracker – 4.410
  • 12º) Hyundai Creta – 4.255
  • 13º) Jeep Renegade – 4.165
  • 14º) Toyota Hilux – 4.069
  • 15º) Toyota Corolla Cross – 3.861
  • 16º) Renault Kwid – 3.849
  • 17º) Toyota Corolla – 3.729
  • 18º) Hyundai HB20 S – 3.192
  • 19º) Fiat Cronos – 3.043
  • 20º) Volkswagen Nivus – 2.644

Tempos difíceis para a VW

Fiat e GM continuam a dominar o ranking das marcas, mas a italiana apresenta boa diferença de mais de 10 mil emplacamentos frente à GM. Por outro lado, a Volkswagen está brutalmente afetada pela falta de componentes no mercado, e continua a sofrer nos emplacamentos. Neste mês, a alemã caiu novamente na lista, indo do 5° para o 6° lugar. E quem gostou disso foi a Jeep que, então, ultrapassou a VW com as boas vendas do médio Compass.

ranking mais vendidos T-Cross
Volkswagen/Divulgação

No mais, o ranking não traz grandes mudanças. Apesar da leve queda no mês com Corolla sedã e Cross, a Toyota continua com o 3° lugar, seguida pela Hyundai. Mas a tendência é que, com os próximos lançamentos, a lista apresente mais novidades e reviravoltas. Abaixo, o ranking das marcas em abril:


  • 1º) Fiat – 34.369 (25,21%)
  • 2º) General Motors – 21.231 (15,57%)
  • 3º) Toyota – 16.314 (11,97%)
  • 4º) Hyundai – 14.098 (10,34%)
  • 5º) Jeep – 10.830 (7,94%)
  • 6º) Volkswagen – 9.501 (6,97%)
  • 7º) Renault – 8.168 (5,99%)
  • 8º) Honda – 4.176 (3,06%)
  • 9º) Nissan – 3.404 (2,50%)
  • 10º) Caoa Chery – 3.259 (2,39%)
  • 11º) Peugeot – 2.370 (1,74%)
  • 12º) Mitsubishi – 1.656 (1,21%)
  • 13º) Ford – 1.622 (1,19%)
  • 14º) BMW – 1.108 (0,81%)
  • 15º) Citroën – 819 (0,60%)

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”