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Tesla pode perder liderança do mercado de carros elétricos para a VW
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Tesla pode perder liderança do mercado de carros elétricos para a VW

Ofensiva de modelos elétricos da Volkswagen pode tirar Tesla do pódio a partir de 2024, de acordo com estudo da Bloomberg Intelligence

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

23 de jun, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Tesla
Montadora norte-americana deve perder espaço para a VW, que quer duplicar produção até 2024
Crédito:Tesla/Divulgação

O ato de tornar o carro do futuro algo real fez com que a Tesla ganhasse uma legião de admiradores e clientes mundo afora. Foi assim que a marca se tornou líder no mercado de veículos elétricos no mundo. Mas, de acordo com um estudo feito pela Bloomberg Intelligence, a marca do ricaço Elon Musk pode, em breve, perder o trono para a Volkswagen.

Tesla
Tesla/Divulgação

A responsável pelo modelo de maior sucesso no mundo em todos os tempos, o Fusca, quer voltar aos velhos tempos. Para isso, vem apostando nas vendas de carros elétricos. A última delas, inclusive, trata-se da releitura de outro clássico: a Kombi.

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ID.Buzz
Volkswagen/Divulgação

Com portfólio consolidado – além da ID.Buzz e sua variante Cargo, tem ID.3, ID.4 e ID.5 -, a Volkswagen quer cativar a clientela mundial não só pela emoção (apelando para a nostalgia da releitura de modelos) como pela razão. Afinal, seus modelos vêm ganhando cada vez mais autonomia e sistemas extras, sem contar os investimentos da marca no desenvolvimento de baterias e suprimentos. Seja em relação a entretenimento, motorização ou mesmo a comodidade do comprador, nada escapa da alemã. Afinal, estamos falando de um dos maiores grupos da indústria automotiva mundial.

Nesse sentido, mesmo com propostas cativantes e acesso ás mais variadas tecnologias, a Tesla vem sofrendo ameaças por parte da concorrência. Com a ampliação do mercado de carros elétricos, as marcas vêm construindo modelos para a massa. A própria VW, por exemplo, já deixou claro que quer tornar o ID.3 o próximo “carro do povo”. Meta difícil para a Tesla, apesar de seus avanços.


Elétricos Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

O estudo

De acordo com o estudo da Bloomberg Intelligence, a Tesla deve perder sua posição de topo muito em breve. A fabricante norte-americana deve começar a cair posições a partir de 2024. O gráfico (abaixo) feito pela BI, mostra o comportamento do mercado que, a princípio, aponta a BYD na terceira posição.

Tesla
Bloomberg Intelligence/Reprodução

Um ano e meio é, justamente, o tempo que a Volkswagen ampliará sua oferta de carros elétricos. Afinal, a ideia da gigante alemã é duplicar a produção e ultrapassar 2 milhões de EVs até 2024. Isso, por fim, retira a Tesla da liderança mundial.



O estudo aponta que a liderança da Tesla nos Estados Unidos deve durar mais alguns anos. Entretanto, a Volkswagen vai iniciar sua expansão global e, desse modo, ultrapassar as fronteiras da Europa, dominando, por fim, o continente americano de norte a sul.

O mesmo estudo diz que a Tesla, nesse meio-tempo, deve aumentar a produção para fazer frente à VW. É tanto que já começou a fazer a Gigafactory, em Berlim (Alemanha). Lá, a meta é produzir 500.000 veículos por ano. Certamente, essa disputa não para por aí. E quem ganha, por fim, é o consumidor, com mais oferta de produtos e, consequentemente, carros mais equipados e baratos a fim de bater a concorrência.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.