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Honda ZR-V, rival de Compass e Corolla Cross, virá do México em 2023
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Honda ZR-V, rival de Compass e Corolla Cross, virá do México em 2023

Com lançamento confirmado para 2023 no Brasil, novo Honda ZR-V, o SUV do Civic, custará perto de R$ 200 mil; SUV pode ter motor 1.5 turboflex

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

30 de jun, 2022 · 6 minutos de leitura.

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ZR-V
Honda ZR-V é feito sobre a plataforma do novo Civic, que chega no fim de 2022 ao Brasil
Crédito:Honda/Divulgação

A Honda vai lançar dentro de um mês a nova geração do HR-V no Brasil. Mas a marca japonesa também acelera outros lançamentos. Um dos mais esperados é o do ZR-V, o inédito SUV feito na plataforma do Civic. Ele foi confirmado em abril e, desde então, surgiram várias novidades sobre o modelo, que será rival do Jeep Compass e do Toyota Corolla Cross. A última notícia é sobre a produção. O utilitário será feito no México e virá importado em versão única.

Inclusive, o ZR-V já tem previsão de preço. De acordo com a revista Quatro Rodas, o vice-presidente comercial da Honda no Brasil, Roberto Akiyama, confirmou que o novo SUV custará próximo ao Corolla Cross na versão topo de linha (R$ 206 mil). Ou seja, terá tabela acima dos R$ 200 mil, mesma faixa das versões de topo do Compass com motor 1.3 turbo flex. Nos Estados Unidos, onde se chama HR-V, o ZR-V parte de US$ 23.650 (R$ 115 mil na conversão direta).



Honda
Nos EUA, ZR-V será vendido com nome HR-V (Honda/Divulgação)

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Características

Maior que o HR-V, o Honda ZR-V tem o tamanho dos rivais. São 4,56 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,61 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. O SUV do Civic, claro, guarda semelhanças com o sedã para além da plataforma. As linhas dos faróis, por exemplo, têm formato achatado e horizontal. A grade hexagonal tem grelha tipo colmeia. Já a traseira exibe lanternas fumê, e os para-lamas avantajados e as rodas de liga leve de 17″ ou 18″ realçam a robustez.

Honda/Divulgação

Por dentro, o SUV tem central multimídia de 7″ ou 9″, e painel quase igual o do Civic. Resta saber qual delas telas virá ao Brasil. Outra dúvida é em relação aos motores. Espera-se que o Honda ZR-V use o 1.5 turbo flex do novo HR-V (182 cv e 24,5 mkgf). Entretanto, nos EUA, o SUV traz o 2.0 i-VTEC aspirado a gasolina de 160 cv e 18,9 mkgf de torque.


Já na Europa, o ZR-V chegará na versão híbrida e:HEV, com dois elétricos em conjunto com o 2.0 (como no Civic). Essa seria a versão ideal para concorrer com o Corolla Cross híbrido. Inclusive, cabe lembrar que as versões mais caras do SUV da Toyota são híbridas. Pode ser um indício de que o Honda ZR-V também virá eletrificado para cá.

Novo Honda HR-V
Honda/Divulgação

Honda ZR-V vai brigar pela liderança?

Essa é uma pergunta difícil de responder no momento, mas, à primeira vista, o novo SUV médio da Honda não deverá conseguir fazer frente aos rivais em volume. Isso porque vai depender da disponibilidade de modelos para importação. Nesse caso, o mercado norte-americano é a prioridade da fábrica no México. Some-se a isso a questão da escassez de chips, que deve perdurar até o segundo semestre do ano que vem.


Em resumo, sem produção local, o Honda ZR-V não deve ser páreo para Compass e Corolla Cross. Mas esse também pode não ser o objetivo da marca. Isso porque o novo HR-V terá ampla faixa de preço. Tal como contamos no Jornal do Carro algumas vezes, o SUV compacto, que será feito em Itirapina (SP), terá motores 1.5 flex aspirado e turbo. Dessa forma, vai brigar na base com Hyundai Creta, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross. Enquanto isso, no topo, terá valores e tecnologias para disputar com Compass e Corolla Cross.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”