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BMW e McLaren podem unir forças para criar superesportivo elétrico
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BMW e McLaren podem unir forças para criar superesportivo elétrico

BMW e McLaren podem lançar sucessor do F1 e SUV inédito de alto desempenho, ambos eletrificados; superesportivo pode alcançar 1.100 cv

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

24 de jul, 2022 · 4 minutos de leitura.

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McLaren F1
Novo supercarro pode ser o sucessor do McLaren F1
Crédito:Divulgação/McLaren

Mesmo após mais de 30 anos, o McLaren F1 é um dos esportivos mais icônicos já criados. O modelo, lançado no início dos anos 90, foi fruto de uma parceria entre BMW e McLaren. Agora, essa dupla emblemática pode voltar com novos projetos. De acordo com o site inglês Car Magazine, as empresas se reuniram no começo deste ano para criar dois supercarros exclusivos. Mas, em vez do motor V12 aspirado do F1, o foco será na eletrificação.

Até o momento, não há confirmação oficial. No entanto, alguns rumores apontam os possíveis modelos. As marcas vão desenvolver uma nova plataforma para veículos movidos a baterias, que seria utilizada em ambos os carros. Além disso, a base terá vasto uso de fibra de carbono, que reduziria o peso significativamente.

Divulgação/McLaren

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Segundo algumas informações, o primeiro veículo seria um supercarro 100% elétrico. Este receberia o chassi projetado pela McLaren. Por sua vez, tanto as baterias como os motores e softwares seriam da BMW. Espera-se que esse elétrico venha com quatro motores, alcançando mais de 1.100 cv de potência. Ou seja, pode ser um sucessor do F1.



Outro modelo pode ser um SUV

Em seguida, é especulado um SUV de alto desempenho. No entanto, ainda não há informações ou “spoilers”. É possível que ambos usem o mesmo conjunto elétrico, mas o site inglês confirma que a McLaren poderá auxiliar – e muito – na redução de peso. “A McLaren é mais enxuta, flexível, rápida, disposta e capaz de assumir riscos maiores. Eles têm uma produção pequena com custos com os quais só podemos sonhar. Mas o principal ativo é, evidentemente, o know-how em fibra de carbono”, disse uma fonte anônima da BMW ao Car Magazine.

BMW iX
KRPIX/ESTADÃO

Vai levar tempo

Seja como for, o prazo para desenvolvimento e produção desses supercarros será longo. A expectativa é de que algo apareça só entre 2026 e 2028. Além disso, há rumores de uma possível compra de parte da marca inglesa pela alemã. “A McLaren nos impressionou ao repensar a forma como um carro esportivo moderno deve ser desenvolvido e construído. Sua abordagem inovadora para a integração de componentes-chave é particularmente esperta”, disse outra fonte da BMW.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”