A disputa entre os SUVs anda bastante acirrada. Vários modelos lideraram as vendas do segmento nos últimos meses, mas trocaram de posições e apresentaram altos e baixos. Isso evidentemente é um efeito colateral da escassez de chips eletrônicos na indústria, mas também mostra um pouco da estratégia de cada marca.
A GM, por exemplo, voltou a emplacar o utilitário esportivo Tracker em alto volume, quase como em 2020, quando lançou a atual geração – e ainda não sofria com a falta de semicondutores. Assim, o utilitário da marca da gravata dourada vendeu 5.998 unidades em julho, de acordo com números da Fenabrave, a associação dos concessionários no País. Para quem não se lembra, o SUV feito em São Caetano do Sul (SP) teve só 244 unidades emplacadas no mesmo mês de 2021.
Da mesma forma, a Fiat sustenta a vice-liderança. O Pulse, que colocou a marca no segmento de SUVs compactos, ocupa a segunda posição do pódio da categoria. No mês passado, vendeu 5.300 unidades. Enquanto isso, o Nissan Kicks mostra sua força como único produto em linha na fábrica de Resende (RJ) e ficou em terceiro – com 5.221 emplacamentos no total.
Abaixo do pódio
Quem também aparece em destaque é o Hyundai Creta. A segunda geração do SUV fabricado em Piracicaba (SP) chegou totalmente repaginada, no ano passado, e com preços maiores. Ainda assim, fechou o sétimo mês do ano à frente da dupla da Jeep Compass e Renegade. Algo inimaginável em 2021, quando a dupla da Stellantis dominava a preferência do consumidor brasileiro.
Desse modo, cabe lembrar que o SUV da Hyundai se mantém beneficiado pela junção das vendas da nova geração e do Creta Active (modelo antigo). Este último parte de R$ 109.690. Enquanto isso, o modelo renovado não sai por menos de R$ 120.890.
Assim como o Fiat Pulse, o Toyota Corolla Cross também estreou na categoria para cativar a clientela. Assim, Se mantém no top 10 das vendas de SUVs no Brasil, ocupando a 7ª posição do ranking.
Na sequência, vêm a dupla da Volkswagen, composta por T-Cross e Nivus. Ambos já tiveram dias melhores e, conforme supracitado, foram prejudicados pela crise dos semicondutores, que paralisou a produção da dupla diversas vezes de 2021 pra cá.
Por ora, T-Cross deixa a liderança
Cabe ressaltar, no entanto, que o T-Cross, – além de levar o título de SUV mais vendido de 2020 – liderou o primeiro semestre deste ano. Todavia, vem patinando nos emplacamentos desde o ano passado, mesmo com os esforços da VW em sua produção. Em 29 de setembro de 2021, a marca fabricou a última unidade do Fox (após 18 anos de mercado), revertendo toda a produção de São José dos Pinhais (PR) para o SUV compacto.
Por fim, quem fecha o top 10 é o Renault Duster. Com 2.039 unidades, o modelo deu um pontapé no Citroën C4 Cactus e o jogou para fora da lista dos 10 SUVs mais vendidos do Brasil. No mês anterior (junho), o francês havia conseguido recorde de vendas, e emplacou 3.664 unidades. Em julho, contudo, não passou dos 798 emplacamentos.
Segmento mais rentável
No total, o segmento de SUVs vendeu 53.468 unidades em julho, conforme aponta o relatório mensal da Fenabrave. No acumulado do ano, no entanto, o número salta para mais de 371 mil emplacamentos. Ou seja, trata-se do segmento que mais vendeu no País entre janeiro e julho. Afinal, o número é maior que a soma das categorias de entrada (98 mil), hatches compactos (172 mil) e sedãs compactos (59 mil) e médios (35 mil).
Confira os 15 SUVs mais vendidos de julho:
1º) Chevrolet Tracker – 5.998
2º) Fiat Pulse – 5.300
3º) Nissan Kicks – 5.221
4º) Hyundai Creta – 5.125
5º) Jeep Compass – 4.402
6º) Jeep Renegade – 4.264
7º) Toyota Corolla Cross – 3.614
8º) Volkswagen T-Cross – 3.535
9º) Volkswagen Nivus – 2.995
10º) Renault Duster – 2.039
11º) Jeep Commander – 1.483
12º) Toyota SW4 – 1.271
13º) Volkswagen Taos – 1.119
14º) Citroën C4 Cactus – 798
15º) Caoa Chery Tiggo 5X – 741