Nos últimos anos, o Renault Kwid tem revezado com o Fiat Mobi no posto de carro 0km mais acessível do mercado brasileiro. Em outros tempos, poderia se dizer “carro mais barato”, entretanto, com o reajuste feito nesse início de agosto, o hatch pequeno está com preço cada vez mais “salgado”.
Agora, o Kwid – que atingiu 300 mil unidades produzidas na fábrica de São José dos Pinhais (PR) -, começa em R$ 65.790 na versão Zen. Desse modo, ficou R$ 1.100 mais caro que antes, quando tinha valor inicial de R$ 64.690. Ou seja, nem a recente redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi suficiente para contar o aumento.
Conforme noticiou o Jornal do Carro na última semana, com IPI reduzido, estimava-se que os preços diminuíssem média de 1%. Afinal, o abatimento subiu de 18,5% para 24,75%, conforme o decreto nº 11.158, de 29 de julho. Dessa forma, o Renault Kwid iria de R$ 64.690 para R$ 64.424 (redução de R$ 266).
Entretanto, além da versão Zen, a configuração Intense também ficou mais cara. Seu valor inclusive subiu mais, com alta de R$ 1.600. Dessa forma, o Kwid intermediário passou de R$ 66.990 para R$ 68.590. Por fim, a versão Outsider foi de R$ 70.490 para R$ 71.990. Portanto, R$ 1.500 extras.
Menos de 1% de desconto
Cabe lembrar que a redução do IPI não é sobre o valor total do veículo, mas sobre o imposto. Assim, o novo corte terá uma redução real de módicos 0,41% do valor sugerido, isso no caso dos modelos com motores de até um litro (gasolina ou flex).
Já os veículos acima de 1.0 até 2.0 a gasolina reduzem 0,73% – nos motores flex de mesma cilindrada, a redução é de 0,63%. Por fim, carros com motor acima de 2 litros têm 1,30% de redução do IPI (gasolina), e 0,98% nos modelos com motor flex.
Mas, mesmo com o recente corte no IPI, algumas montadoras sequer devem repassar o desconto ao consumidor final. Muitas delas vão absorver esses valores para melhorar seus lucros, afinal, as vendas de carros novos sofreram forte queda desde o início da pandemia. Há ainda outras questões que pairam sobre a indústria, como, por exemplo, a escassez de semicondutores, a alta do dólar norte-americano e guerra entre Rússia e Ucrânia.
Oscilação de preços
Com base nisso, pesquisamos a oscilação de preços dos 15 automóveis e comerciais leves mais vendidos do mercado no primeiro semestre de 2022. Dentre eles, mais da metade se manteve. Entretanto, também houve baixas e altas.
O T-Cross, por exemplo, teve redução de preço, conforme aponta o configurador do site da Volkswagen. Há seis dias, o SUV mais vendido do Brasil no primeiro semestre de 2022 custava R$ 111.800, com previsão de baixar para R$ 111.341. Entretanto, parte agora de R$ 111.310. Por outro lado, a marca elevou o preço do Gol para R$ 75.830. No dia 3 de agosto, o hatch popular custava R$ 75.490 e tinha previsão de baixar para 75.180 (redução de R$ 310).
Veja a oscilação de preços dos carros mais vendidos:
1°) Fiat Strada – se manteve em R$ 95.290
2°) Hyundai HB20 – se manteve em R$ 77.190
3°) Chevrolet Onix – se manteve em R$ 78.990
4°) Volkswagen T-Cross – de R$ 111.800 baixou para R$ 111.310
5°) Fiat Mobi – se manteve em R$ 66.390
6°) Jeep Compass – de R$ 171.990 baixou para R$ 170.686
7°) Hyundai Creta – de R$ 120.890 aumentou para R$ 122.490
8°) Chevrolet Tracker – se manteve em R$ 116.790
9°) Chevrolet Onix Plus – se manteve em R$ 83.790
10°) Fiat Toro – se manteve em R$ 139.890
11°) Jeep Renegade – de R$ 129.990 baixou para R$ 128.971
12°) Fiat Pulse – se manteve em R$ 96.290
13°) Volkswagen Gol – de R$ 75.490 aumentou para R$ 75.830
14°) Renault Kwid – de R$ 64.690 aumentou para R$ 65.790
15°) Toyota Corolla Cross – de R$ 158.780 baixou para R$ 157.690