A Toyota revelou, na Tailândia, a nova geração do Yaris sedã, que lá é chamado de Yaris Ativ. O compacto tem lançamento previsto para os próximos meses e surge completamente renovado, com proposta mais sofisticada, assim como fez a Honda com o novo City.
Por fora, o modelo traz linhas mais geométricas e menos onduladas, como é na geração atual feita em Sorocaba (SP). Destaque para os novos faróis, mais compactos e com iluminação full LEDs. A grade toma quase toda a dianteira do sedã. Ainda na parte da frente, um filete cromado se estende de uma ponta a outra, apoiado sobre a grade superior e os faróis – à lá Honda Civic.
Na parte de trás, as colunas C avançam sobre o porta-malas, dando um ar de cupê ao sedã. As lanternas são unidas por um filete na cor preta, que abriga a lâmpada de iluminação da placa de identificação do carro. Rodas, por fim, têm 16″. Nas medidas, o Yaris mantém o comprimento atual, com 4,43 metros (são 4,42 m no modelo feito em Sorocaba). Já a largura cresceu um centímetro, com 1,74 m, e a altura perdeu 1 cm (1,48 m). Por fim, o entre-eixos é o que mais aumentou, com 7 cm a mais. Assim, saltou de 2,55 m para 2,62 m na nova geração.
Recheado
Por dentro, o painel mostra estilo bem mais moderno e alinhado com a linha Corolla (sedã e Cross). A multimídia (9 polegadas) é do tipo flutuante e fica no topo central do painel, que é revestido com couro sintético, tem moldura prateada e visual limpo, com poucos botões.
O painel de instrumentos, antes de tudo, tem tela digital de 7″. Ademais, tem ar-condicionado automático com saídas traseiras e freio de estacionamento eletrônico entre os equipamentos. O revestimento dos bancos é de couro e sistema de som, Pioneer, com seis alto-falantes.
Três modos de condução (Eco, Normal e Esporte) também estão no pacote, bem como a iluminação ambiente com 64 cores. O Toyota Safety Sense, em síntese, reúne controle de cruzeiro adaptativo, alerta de tráfego traseiro traseiro e monitoramento de ponto cego.
A Toyota oferece, ainda mais, acessórios vendidos separadamente. Inclui, portanto, desde extensores de para-choque e soleiras laterais até aerofólio e faixas que se estendem do capô à traseira.
Na Tailândia, o Yaris Ativ conta com motor quatro cilindros 1.2 Dual VVT-i de 94 cv de potência. O torque máximo é de 11,2 mkgf a 4.400 rpm. Para auxiliar no trabalho, o sedã vem com câmbio Super CVT-i, com engrenagem de saída. A tração é dianteira. Tem freios a disco nas quatro rodas e suspensão McPherson na dianteira e eixo de torção atrás.
Planos para o Brasil?
Seria muito natural ter este novo Yaris no Brasil, tal como ocorre atualmente. Entretanto, por aqui, a marca japonesa ainda não confirmou a vinda do modelo, que pode dar lugar a um SUV compacto inédito.
Faz algum tempo que contamos no Jornal do Carro sobre o plano da Toyota de lançar o mini SUV Raize, um irmão gêmeo do Daihatsu Rocky. Ele tem tamanho próximo do que as montadoras chamam de SUVs compactos, como o Fiat Pulse e Volkswagen Nivus, por exemplo. Há ainda o novo Yaris Cross europeu como opção, mas a fabricante japonesa deve lançar um novo utilitário esportivo no Brasil para brigar por maiores volumes no segmento.
Momento de comemoração no País
Nesta semana, a fábrica da Toyota, em Sorocaba (SP), completou 10 anos de existência. Inaugurado em 2012, o complexo já recebeu mais de R$ 3,1 bilhões em investimentos e, assim, comemora 1 milhão de unidades produzidas.
No local – que virou a sede da Toyota do Brasil após a venda da planta de São Bernardo do Campo, no ABC paulista – são fabricados a linha Yaris, nas versões hatch e sedã, bem como o SUV Corolla Cross e o Etios, que continua apenas para exportação.
Fruto do investimento inicial de R$ 1 bilhão, a unidade absorveu pouco mais da metade do dinheiro investido pela Toyota no Brasil na última década. De início, tinha capacidade de produzir 74 mil veículos por ano. Contudo, teve sua capacidade expandida. Assim, atualmente, produz mais que o dobro, com até 158 mil veículos/ano.
Só neste ano, a fábrica – que segue o conceito de ecofactory, com redução no consumo de água, reciclagem de 99% dos resíduos gerados na operação e uso de energia renovável – já produziu mais de 95 mil unidades. Destas, a metade (47 mil) destinou-se à exportação para países do Mercosul, como Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia e Peru, por exemplo.