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Peugeot estuda produzir nova geração do SUV 2008 na Argentina
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Peugeot estuda produzir nova geração do SUV 2008 na Argentina

Segunda geração do Peugeot 2008 ainda não veio ao Brasil, mas produção na Argentina pode trazer o SUV, que está à venda na Europa desde 2019

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

28 de ago, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Peugeot
Bem como no 208, e-2008 tem dianteira destacada pelas luzes diurnas em formato de "presas do leão", como diz a Peugeot
Crédito:Peugeot/Divulgação

Após dois anos do lançamento da segunda geração do Peugeot 2008 na Europa, a marca francesa enfim avalia a possibilidade de fabricar o SUV na Argentina. A informação foi apurada pelo Motor 1 Argentina, que conversou com o gerente da Peugeot no país vizinho, Gabriel Cordo Miranda. Segundo o executivo, a marca francesa, que vive um novo momento no grupo Stellantis, estuda montar o novo 2008 na fábrica de El Palomar, ao lado do hatch 208.

De acordo com Miranda, há diversas questões para que esse plano se torne realidade. Uma delas é o estudo da receptividade do público argentino em relação ao SUV. Mas, a produção do modelo na Argentina abriria portas para a exportação a vários países da América do Sul, principalmente o Brasil. Além disso, seria uma “mão na roda”, já que o 2008 compartilha diversos elementos do atual 208 e, inclusive, a plataforma CMP.

Peugeot 2008
Nova geração do Peugeot 2008 estreou em 2019 – Divulgação/Peugeot

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“A decisão final ainda depende do estudo do projeto, o possível volume de produção e o retorno do investimento. Antes da criação da Stellantis, o novo 2008 foi descartado. Agora não está mais. Os projetos passam por diferentes níveis de maturidade que, em algum ponto, leva à questão de análise de investimento”, resumiu Miranda.



Velha geração continua no Brasil

Logo no início de 2020, a Peugeot registrou no Brasil os desenhos industriais da nova geração do 2008, revelada em 2019. Entretanto, o SUV compacto até hoje não mudou por aqui, continuando o mesmo crossover à venda desde 2015. Embora o crossover tenha ganhado a linha 2023 no fim de junho, feita em Porto Real (RJ), onde o novo Citroën C3 será feito, as alterações foram simples. Afinal, foi uma reestilização que trouxe leves retoques. Além disso, o SUV ganhou uma nova versão, a Style, que segue a mesma linha da variante homônima do hatchback 208 e se encaixa como intermediária.

Divulgação/Peugeot

Versão elétrica?

Importante dizer que a Peugeot apresentou o e-2008 no começo do ano passado. Trata-se da versão elétrica do SUV compacto. De acordo com a montadora, há estudos da reposta do público argentino para a variante, que utiliza um motor elétrico de 136 cv de potência e alcança 345 km de autonomia com uma carga completa. Este também é uma opção para o Brasil, uma vez que a marca já comercializa o e-208, que parte de R$ 264 mil.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”