Foram necessários 50 anos para que a divisão esportiva M, da BMW, construísse um carro do zero. Ou seja, desde o M1, da década de 1970, a marca vinha apenas incrementando modelos já existentes com toques de esportividade. Mas agora os tempos são outros e as propostas chegam totalmente renovadas. Como manda o mercado atual, o recém apresentado XM chega em forma de SUV, com linhas para lá de ousadas e, evidentemente, mecânica eletrificada.
Baseado no Concept XM, apresentado em Miami (EUA) no ano passado, o novo SUV da BMW tem o mesmo visual controverso. Os faróis vêm posicionados na altura da grade dianteira (enorme e iluminada com LEDs), abaixo de luzes diurnas. Toda a carroceria, como capô, teto e para-choques, por exemplo, é marcada por fortes vincos, para dar mais agressividade.
Nas laterais, destaque para as rodas de 21 a 23 polegadas – as maiores já colocadas em um carro de série da BMW. Já a traseira foi remodelada pela equipe de design da marca na comparação com o carro-conceito. Apesar de prosseguir com enorme difusor e saída quádrupla de escape, as lanternas são mais básicas. Aqui, destaque para o logotipo da BMW gravado a laser na lateral esquerda do vidro do vigia, uma alusão ao modelo de 50 anos atrás.
Motorização
Bem como o conceito de 2021, o SUV fabricado em Spartanburg, Carolina do Sul (EUA), tem mecânica híbrida plug-in. Assim, reúne motor 4.4 V8 twin-turbo a gasolina de 490 cv de potência e 66,3 mkgf de torque. Mas o SUV também conta com um motor elétrico de 197 cv e 45,9 mkgf alimentado por uma bateria de íons de lítio de 25,7 kWh, que fica sob o assoalho.
A BMW garante que o sistema permite alcance de até 50 km de autonomia apenas em modo elétrico. Para isso, a velocidade precisa ficar abaixo dos 140 km/h.
De acordo com a marca bávara, o conjunto híbrido é capaz de gerar números brutais: 653 cv e 81,6 mkgf. Assim, tem aceleração entre 0 e 100 km/h em 4,3 segundos. A velocidade máxima é limitada em 250 km/h. Para completar, câmbio M Steptronic (automático) de 8 marchas e tração integral, batizada como M xDrive.
Não contente, a BMW planeja lançar o XM Red Label em meados de 2023. Com potência total de 748 cv, o utilitário será o carro de produção mais potente da história da divisão M. O torque, por exemplo, alcançará 101,9 mkgf. E o limite da velocidade máxima sobe para 270 km/h.
Interior e equipamentos
Um SUV tão inovador só poderia entregar um habitáculo recheado de luxo e ostentação. O visual futurista da carroceria se impõe na cabine. Nela, um telão sobre o painel divide quadro de instrumentos (12,3″) e central multimídia (14,9″). Os bancos são cobertos com couro e há detalhes de acabamento com materiais como cobre e fibra de carbono.
Mas a cereja do bolo é o teto do BMW XM. Tem estrutura tridimensional em prisma com mais de 100 luzes de LEDs para produzir os mais variados efeitos.
Além da iluminação ambiente, tem ar-condicionado automático de quatro zonas, head-up display e sistema de som Harman Kardon. Nas dimensões, o SUV é bem encorpado e tem 5,11 metros de comprimento, 2 m de largura, 1,76 m de altura e enormes 3,11 m de entre-eixos. Apesar do tamanhão, leva só cinco ocupantes.
Por fim, hora de falar em preços. Nos Estados Unidos, o BMW XM parte de US$ 159.000 (pouco mais de R$ 850 mil, na conversão direta). Já a configuração Red Label, prevista para o ano que vem, será mais cara, com tabela de US$ 185.000 (quase R$ 990 mil).