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Elétrico chinês chega ao Brasil por R$ 70 mil, mas não pode rodar nas ruas
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Elétrico chinês chega ao Brasil por R$ 70 mil, mas não pode rodar nas ruas

Minicarro elétrico Logigo Lliro é para uso em locais fechados, pois não tem freio ABS e airbags frontais; hatch tem assinatura por R$ 2 mil

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

26 de set, 2022 · 5 minutos de leitura.

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elétrico chinês
Logigo Lliro conta com duas telas flutuantes de 10 polegadas na cabine
Crédito:Reprodução

Existe uma forte migração na indústria automotiva para os carros 100% elétricos. Mas, na China, além dos modelos alimentados por baterias, há uma tendência curiosa: os minicarros. Pois agora, a Logigo – empresa com foco em mobilidade – acaba de trazer um desses modelos ao Brasil. Trata-se do Logigo Lliro, mini hatch elétrico com autonomia de 100 km. O carrinho está à venda por R$ 70 mil e também disponível por assinatura, com mensalidade de R$ 2 mil.

Entretanto, o modelo não vem desafiar Renault Kwid E-Tech e Caoa Chery iCar, atuais elétricos mais acessíveis do mercado. Ao contrário. De acordo com Fabio Lira, líder de parcerias estratégicas da Logigo, o Lliro será vendido apenas para uso em locais fechados. Como, por exemplo, aeroportos, empresas, condomínios, entre outros. E o motivo é simples. O pequeno carro não conta com airbags frontais e freios ABS, que são obrigatórios por lei no País. Dessa forma, vem com o intuito de servir como apoio logístico. Ou seja, seus concorrentes serão “carrinhos de golfe”.

Reprodução/Logigo

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“Temos carrinhos de golfe custando mais de R$ 100.000. A gente oferece um carro de verdade, fechado e mais seguro, a um preço mais competitivo”, comenta Lira.

Sem lojas no Brasil

Na China, o pequeno hatch é conhecido por T90 e pertence à marca Jinpeng. Mas, por aqui, a Logigo pretende vendê-lo pela internet, sem nenhuma concessionária. Portanto, a própria empresa vai se encarregar de dar assistência, seja ela de compra ou técnica. Segundo Lira, haverá uma equipe específica para auxiliar clientes, assim como um estoque de peças.



Vale dizer que o hatch elétrico, inclusive, chegou ao Brasil por conta de outra iniciativa na América Latina. “O projeto surgiu quase por acaso. Recebemos uma demanda da fabricante para desenvolver o sistema de entretenimento desse carro para ele ser comercializado na Costa Rica. Foi daí que veio a ideia: e se a gente trouxesse algumas unidades para o Brasil?”, conta Fabio.


elétrico chinês
Reprodução/Logigo

A Logigo já fala em trazer para o mercado brasileiro outro modelo da mesma fabricante. Mas, desta vez, será um veículo com proporções maiores, também elétrico e cumprirá todos os requisitos para rodar na rua. Caso tudo dê certo, ele só deve estrear em meados de 2023.

Como é?

Em relação ao design, o hatch é subcompacto e lembra alguns traços do BYD D1, mas sem a porta deslizante na lateral. No geral, são linhas simples e convencionais, mas com toques interessantes. É o caso dos faróis e lanternas de LEDs, bem como as rodas de liga leve. Mas, o pequeno se destaca mais no interior, contando com partida do motor por botão, bancos em couro sintético e duas telas flutuantes com 10 polegadas cada.


Reprodução/Logigo

Segundo a fabricante, os dois displays estão em português brasileiro. Nas medidas, o carrinho é pequeno. São 3,50 metros de comprimento, 1,54 m de largura, 1,52 m de altura e 2,30 m de entre-eixos. Sobre desempenho, o motor de 3500 Watts gera cerca de 5 cv de potência. Com ele, o hatch elétrico alcança velocidade máxima de 42 km/h. Já autonomia, como contamos, é de 100 km com a carga cheia. O carregamento pode ser feito em tomas comuns.


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