Você está lendo...
Novo carro mais barato da Tesla estreia em 2024; veja o valor
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Mercado

Novo carro mais barato da Tesla estreia em 2024; veja o valor

Com foco na redução de custo, Tesla trabalha em nova plataforma que pode originar o primeiro hatchback da marca; modelo pode ter até 400 km de autonomia

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

04 de jan, 2023 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

tesla
Novo modelo da Tesla pode se chamar Model 2
Crédito:Projeção feita por Jean Francois/Carcoops

Em outubro de 2022, a Tesla revelou que está desenvolvendo uma nova plataforma. Segundo a empresa, ela terá metade do custo da atual, utilizada pelos Model 3, Y, X e S. Com isso, a montadora do bilionário Elon Musk projeta o lançamento de um novo carro elétrico com preço estimado em cerca de US$ 25 mil. Ou seja, uns R$ 135 mil na conversão direta. O preço é bem menor que o do Model 3, modelo de entrada da Tesla e que parte de US$ 46.990. Ou seja, aproximadamente, R$ 250 mil.

Por ora, não há confirmação feita pela fabricante. Entretanto, um relatório da Loup Ventures, da área de investimentos e tecnologia, aponta que a novidade vai ser lançada em 2024. O carro elétrico, inclusive, deve ser batizado de Model 2. A estimativa de lançamento foi feita com base no desempenho de vendas da Tesla em 2022.

Projeção feita por Jean Francois/Carcoops

Publicidade


”A Tesla vai esperar até 2024 para anunciar o Modelo 2. Se a empresa anunciar o carro de preço mais baixo muito cedo, corre o risco de desacelerar as vendas do Modelo 3 e aumentar a capacidade durante o que provavelmente será uma recessão automotiva mais ampla”, diz o relatório da Loup Ventures.

400 km de autonomia?

O anúncio sobre a nova plataforma foi feito durante a apresentação dos resultados da Tesla no terceiro trimestre de 2022. Em uma live, o CEO da Tesla deixou claro que a arquitetura será consideravelmente menor. Assim, o corte no custo de produção pode chegar a 50%. Dessa forma, tudo leva a crer que a marca de elétricos de Elon Musk irá apostar, pela primeira vez, em um hatchback. Assim, vários rumores apontam para baterias que fornecem até 400 km de autonomia.



Além disso, muito se fala sobre desenvolvedores da China estarem liderando o novo projeto. Ainda durante o anúncio, Musk confirmou que o próximo modelo terá produção em larga escala. Ou seja, vai superar a de todos os outros veículos combinados. Isso significa que a novidade deverá ultrapassar rapidamente os Model 3 e Y.


Atualmente, esses dois carros correspondem a 95% das entregas da empresa. Em outras palavras, já somam mais de 930 mil unidades entregues no mundo até setembro. De acordo com o CEO da Tesla, esse será um dos grandes desafios da empresa no futuro.

Tesla Model 3 elétricos
Tesla/Divulgação

Vale mencionar que, considerando a atual política dos Estados Unidos para carros elétricos, o compacto da Tesla deverá contar com bônus de US$ 7.500. Além disso, haverá outra bonificação, US$ 4 mil, em alguns mercados. Com isso, o preço do veículo para o consumidor poderá ser de US$ 20 mil. Ou seja, uns R$ 110 mil, na conversão direta. Se o valor for confirmado, o novo Tesla será extremamente competitivo.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.