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VW Logus 30 anos: sedã derivado do Ford Escort morreu com a Autolatina
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História

VW Logus 30 anos: sedã derivado do Ford Escort morreu com a Autolatina

Logus nasceu em 1993 com base na plataforma do Ford Escort de quarta geração; sedã tinha apenas duas portas e opções de motores 1.6, 1.8 e 2.0

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

12 de mar, 2023 · 5 minutos de leitura.

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placa preta
Versões básicas do Logus tinham para-choque preto e calotas
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Há 30 anos a realidade era completamente diferente. A moeda do Brasil era outra, o País – comandado pelo então presidente Itamar Franco – vivia o período da hiperinflação. À época, redes sociais era um tema desconhecido e até o gosto por carros era diferente. Quem imaginaria, atualmente, colocar um sedã de duas portas na garagem de casa? Pois essa foi a cartada da Volkswagen para o mercado brasileiro no início de 1993 quando lançou o Logus.



Antes de falar do carro em si, é necessário contextualizar a história. Quase cinco anos antes do lançamento do Logus, mais precisamente em 1º de julho de 1987, foi criada a Autolatina. Tratava-se de uma união administrativa e fabril entre Volkswagen (51%) e Ford (49%) a fim de compartilhar tecnologias e, assim, reduzir custos. Afinal, o mercado sul-americano atravessava grave crise, e as montadoras precisavam se manter de pé.

Ford/Divulgação

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Os primeiros frutos da joint venture surgiram ao longo da década de 1990. Quem aí não se lembra dos quase gêmeos Ford Verona (foto acima) e Volkswagen Apollo? E, assim, por meio desta parceria, nasceu o Logus, que tinha base na plataforma da quarta geração do Ford Escort.

Linhas disruptivas

O sedã produzido na fábrica da marca em São Bernardo do Campo (SP) foi, portanto, um dos primeiros Volkswagen a adotar linhas arredondadas. Afinal, essa era a tendência de design da época. As formas aerodinâmicas e traseira espichada do Logus, como tudo o que é novidade, dividiu opiniões.

Logus
Volkswagen/Divulgação

Em medidas, o Logus tinha 4,28 metros de comprimento e espaço entre-eixos de 2,52 m. O porta-malas era um dos principais predicados, pois acomodava 416 litros – ou 688 l com os encostos traseiros rebatidos.

Logus
Volkswagen/Divulgação

A princípio, o Logus chegou bem recheado. No modelo topo de linha, por exemplo, vinha com itens como alarme acionado na fechadura, vidros elétricos one touch com antiesmagamento, toca-fitas digital com equalizador e ar-condicionado digital. No total, oferecia quatro versões de acabamento. São elas: CL 1.6, CL 1.8, GL 1.8 e GLS 1.8.


Volkswagen/Divulgação

Mecânica

Conforme deu para notar pelas nomenclaturas das configurações de acabamento, o Logus tinha – sempre acompanhado de câmbio manual de 5 marchas – as opções de motores 1.6, de origem Ford, e 1.8 AP. Este último desenvolvia 86 cv e 14,5 mkgf de torque. Seu carburador eletrônico dispensava afogador para manter a marcha lenta sempre estável.

Logus
Volkswagen/Divulgação

Como linha 1994, chegou a versão GLS 2.0, de até 113 cv. A lista de equipamentos ganhava CD Player como opcional. No mesmo ano estreava ainda a série especial Wolfsburg Edition (homenagem à sede da Volkswagen, na Alemanha), diferenciada pelo apelo mais esportivo e cores exclusivas.

Com mais de 125 mil unidades fabricadas, o sedã (que deu origem ao hatch de quatro portas, Pointer) teve a produção encerrara em dezembro de 1996. Ou seja, ainda durou quase um ano após o fim da Autolatina, em janeiro do mesmo ano.

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