Na tentativa de acompanhar o frenético mercado de carros elétricos, a Honda procura atualizar sua linha de automóveis, mas mantendo estratégias de mercado realistas. Em visita às instalações de Marysville, Ohio, o CEO da empresa, Toshihiro Mibe, declarou que, apesar do foco da marca em desenvolver carros elétricos e a célula de combustível, há a possibilidade de que veículos à combustão continuarem em produção por mais uma ou duas décadas, até 2040, por exemplo.
Sobre a transição da marca para produtos 100% elétricos, o CEO da marca japonesa disse: “Estou no desenvolvimento de motores a 30 anos, então é um pouco assustador. Mas tenho que separar meus sentimentos pessoais do que é importante para nossos negócios”. E os planos da Honda focam o futuro da mobilidade.
Parte desta estratégia está em concentrar as vendas de elétricos da montadora em países onde eles dão lucro, como na América do Norte e na Europa. Isso sem descartar opções híbridas dentro da linha. Dessa forma, segundo reportagem da Reuters, a Honda pode atingir seu plano de neutralidade de emissões até 2050, desde que produza mais elétricos.
Ainda assim, o CEO acredita que motores à combustão ainda vão existir em carros esportivos, comerciais leves e demais veículos de trabalho. Os produtos voltados ao uso profissional deverão usar combustível fóssil por mais alguns anos. Assim, a previsão do executivo acompanha o cenário global de longo prazo. Mas para os carros a combustão, o fim parece ser mesmo a partir de 2040. É nesta década que os carros elétricos vão dominar de vez o mercado e as fábricas.
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