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Golpe da multa: bandidos estão enviando boletos falsos; saiba como identificar
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Golpe da multa: bandidos estão enviando boletos falsos; saiba como identificar

Mesmo com a digitalização, alguns motoristas ainda recorrem aos boletos físicos e, com isso, bandidos aproveitam para aplicar o golpe da multa

Ana Carolina Bilatto, Especial para o Jornal do Carro

31 de mai, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Crédito:Werther Santana/Estadão

Embora não seja uma prática nova, o golpe da multa continua a pegar motoristas de surpresa. A fraude consiste no envio de guia de pagamento pelo correio para condutores que estavam nos locais onde a infração supostamente aconteceu. O esquema sugere uma situação factível. Mesmo com o avanço da digitalização, muitos brasileiros ainda recorrem ao papel para pagar multas. Assim, bandidos estão enviando boletos falsos.



Como funciona o golpe da multa?

Para que ocorra o golpe, a vítima precisa passar pelo caminho dos criminosos. Funciona assim: para conseguir as informações, os golpistas ficam em cima de viadutos e pontes com câmeras. Eles regulam o equipamento fotográfico de forma com que o ângulo do registro fique similar ao dos radares.

Dessa forma, informações como data, hora e local batem com os dados da suposta infração. A partir da placa do veículo, os bandidos buscam informações sobre o condutor. E, então, enviam a multa falsa pelos correios para as residências dos “infratores”.

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Como saber se o boleto de multa é falso?

A Companhia de Engenharia de Trânsito (CET) e o Detran-SP alertam que jamais enviam boletos para pagamento da multa antes de enviar a notificação de autuação. “Essa notificação informa o proprietário sobre o registro da infração. A autoridade de trânsito jamais envia boleto antes de notificar a autuação (conforme prevê a legislação)”, informa o site da CET.

Além disso, recomenda-se que o condutor acesse a seção “Meu Veículo” no site da prefeitura ao receber uma notificação de autuação. A seção fica na página da Secretaria de Mobilidade e Trânsito da cidade de São Paulo. Dessa forma, é possível consultar todas as multas de trânsito com os dados do proprietário, placa e o Renavam do veículo.

“Caso o boleto indique outro órgão autuador – como outras prefeituras, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) – consulte diretamente com o órgão”.


Já o site do Detran-SP informa que investe em recursos de tecnologia para a garantia da segurança das informações. A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) mantém “rígidos padrões internacionais de segurança” em seu banco de dados. “Compete ao órgão fiscalizar veículos e condutores em vias urbanas, para infrações de competência estadual. Multas de demais naturezas e locais são aplicadas por outros órgãos autuadores”.

Assim, sempre que receber uma infração, o primeiro passo é consultar os órgãos competentes. Desconfie se receber um boleto antes da notificação.

O que fazer caso receba o boleto falso?

Os motoristas que receberem boletos falsos de multas devem checar qual órgão de trânsito está indicado no documento. Em seguida, devem verificar no respectivo site. Por fim, caso não conste infração, o condutor deve fazer a denúncia. E acionar a polícia.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.