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Citroën AMI é confirmado para o Brasil; veja vídeo
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Citroën AMI é confirmado para o Brasil; veja vídeo

Segundo o presidente da Stellantis, dona da Citroën, o Ami será lançado no Brasil e em outros mercados da América do Sul; porém, a data não foi revelada

Tião Oliveira

27 de jul, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Visual do Ami é bem futurista
Crédito:Citroën/Divulgação
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O Citroën AMI vai mesmo chegar ao Brasil. Presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa confirmou a informação. Ele estava com a vice-presidente da Citroën na América do Sul, Vanessa Castanho. A dupla divulgou a novidade em um vídeo – confira abaixo. As imagens mostram o Polo Automotivo da Stellantis de Betim (MG).

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Ami tem portas são assimétricas, que se abrem em direções opostas; Fotos: Citroën

De acordo com a Citroën, o Ami tem motor elétrico de 6 kW, equivalentes a 8,2 cv de potência. Além disso, conforme a marca, são 80 km de autonomia. A velocidade máxima é de 45 km/h. O carrinho já vem com cabo de carregamento. Com isso, dá para ligá-lo a tomadas de 110 ou 220V. Assim, em menos de quatro horas dá para fazer a recarga completa.

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Conforme a Citroën, o Ami tem 2,41 metros de comprimento. Já a largura é de 1,39 metro. Ou seja, ele é 1,16 m menor no comprimento e 48 cm na largura que um Fiat Mobi. Segundo a marca, há espaço para duas pessoas e 70 litros de carga. Assim, na Europa o Ami é considerado como quadriciclo.

Ami deve ter preço abaixo de R$ 100 mil

Ami
Cabine é bem simples e smartphone faz as vezes de painel de instrumentos

Inicialmente, o carrinho foi lançado na Europa como alternativa a scooters, bicicletas e patinetes para curtas viagens. O preço sugerido é de cerca de € 6 mil. Ou seja, pouco mais de R$ 30 mil, na conversão direta, sem impostos. Também pode ser alugado e integrar serviços de compartilhamento.


Há ainda aluguel de longo prazo, oferecido pela Citroën na Europa. Nesse caso, é preciso dar um sinal de € 2.644 (uns R$ 14 mil). Porém, a mensalidade parte de € 20, ou cerca de R$ 100. No Brasil, as vendas do Ami começam ainda neste ano. Seu preço deverá ser inferior a R$ 100 mil.

Na Europa, Ami não requer CNH

Porém, no País o Ami não vai poder rodar em vias públicas. Afinal, ele não tem nem air bags. Portanto, seu uso deverá ficar limitado a locais confinados. Estamos falando de áreas como condomínios, centros de distribuição e shopping-centers, por exemplo.


Na Europa, o Ami pode ser dirigido por motoristas a partir de 16 anos e não há necessidade de carteira de habilitação. Na França, a idade mínima é ainda menor, com jovens de 14 anos já autorizados a conduzir esse tipo de veículo.

O visual é bem peculiar, com ares futuristas. As portas são assimétricas e abrem em direções opostas. Também é difícil dizer para qual lado o Ami está apontando, já que dianteira e traseira são quase iguais. A Citroën vai oferecer opções de personalização para quem comprar o modelo.

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Atualizada às 18h44

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.