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BYD Seal híbrido plug-in terá preço de Civic e vai fazer cerca de 40 km/l
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BYD Seal híbrido plug-in terá preço de Civic e vai fazer cerca de 40 km/l

BYD Seal DM-i tem conjunto mecânico do SUV Song Plus e visual diferenciado da versão elétrica; caso chegue ao mercado brasileiro, modelo deverá custar média de R$ 250 mil

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

31 de jul, 2023 · 5 minutos de leitura.

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BYD
Seal DM-i tem visual diferente da versão elétrica
Crédito:BYD/Divulgação

Além da versão elétrica, que foi confirmada na semana retrasada durante o Festival Interlagos 2023, em São Paulo, o BYD Seal também poderá ter uma versão híbrida plug-in no Brasil. O modelo já foi lançado na China e utiliza o mesmo conjunto mecânico do SUV Song Plus, já disponível no País. Pois o novo sedã da marca chinesa deverá ter preço bem próximo ao do novo Honda Civic híbrido, na faixa de R$ 250 mil.



Com a ideia de oferecer mais opções em eletrificação, o Seal DM-i terá duas motorizações diferentes. Enquanto uma une o 1.5 quatro cilindros aspirado, a outra acrescenta o turbo ao motor a gasolina (sempre, híbrida plug-in). A princípio, a marca divulgou poucos dados sobre o novato. Apenas sabe-se que o Seal DM-i tem autonomia 121 km ou 200 km em modo totalmente elétrico. Por fim, outro ponto já revelado pela marca chinesa é o 0 a 100 km/h em 7,9 segundos – feito realizado pela opção turbo.

Pela cartilha do Song Plus

Entretanto, caso siga os passos do irmão SUV, o sedã pode ter 110 cv e 13,8 mkgf no motor a combustão e mais 179 cv e 32,2 mkgf da unidade elétrica. Assim, potência combinada de 235 cv. Já o torque fica em 40,8 mkgf.

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BYD
Bocal de recarga fica na parte lateral traseira (BYD/Divulgação)

Seja como for, o sedã promete ter médias de consumo melhores que as do SUV. Se o Song Plus faz média de 38,4 km/l (segundo o Inmetro), o Seal, que tem aerodinâmica melhor e carroceria mais leve, pode chegar em torno de 40 km/l.

Visual distinto do modelo elétrico

Independente de vir ou não com a mecânica do Song Plus, o visual do sedã é exclusivo. Difere até mesmo da versão elétrica do Seal. A dianteira tem faróis mais pontiagudos e, ademais, o modelo ostenta para-choque distinto, com destaque para os filetes na parte central da peça. Afinal, motor a combustão precisa de refrigeração. Atrás, mudam lanternas (também vai de uma ponta a outra da carroceria), para-choque e até a tampa do porta-malas.


BYD
BYD Seal DM-i (BYD/Divulgação)

Das portas para dentro, apesar dos formatos das telas (que não tiveram tamanhos especificados), quase tudo difere, desde o painel até outros detalhes, como saídas de ar e volante.

BYD Seal DM-i(BYD/Divulgação)

O BYD Seal DM-i chega às lojas da China a partir do mês que vem. Os preços devem partir de 180 mil yuan (quase R$ 120 mil, na conversão direta). No modelo mais caro, a projeção é que custe 250 mil yuan (R$ 166 mil). Desse modo, chegaria, naturalmente, mais caro por aqui, com vários impostos e custos extras cobrados pelo País. Todavia, ficaria ainda mais barato que a configuração elétrica: estima-se R$ 300 mil.

Embora a marca tenha confirmado ao Jornal do Carro que não há planos de trazer o Seal híbrido ao Brasil, a hipótese não deve ser descartada para o futuro. Afinal, a montadora produzirá carros em sua fábrica de Camaçari (BA). De lá, inclusive, deve sair o próprio Song Plus. Ou seja, com a mecânica já homologada, há grandes chances.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.