Antes de se transformarem no que é a Stellantis hoje, as marcas RAM, Alfa Romeo e Jeep tinham seu status de mais importantes do Grupo FCA, mas isso é coisa do passado. Hoje, a Fiat responde pela maior quantidade de vendas globais do grupo, enquanto a Jeep sofre com quedas nas vendas. E segundo o CEO Carlos Tavares isso tem um porquê: marketing.
O executivo, em entrevista recente ao Automotive News Europe, afirmou que “não aceitamos o fato de termos perdido participação. Podemos fazer um trabalho melhor. É só seguir o caminho correto porque bons produtos nós temos”. Em resumo, para o CEO, o motivo para as poucas vendas está relacionado ao marketing pouco efetivo da marca, bem como a oferta errada de versões nas concessionárias.
Um exemplo disso é, por exemplo, a maior oferta da versão elétrica do novo SUV Avenger na Europa, uma vez que a Turbo a gasolina tem o interesse do público. Além disso, nos EUA, a marca tem a liderança no segmento de híbridos plug-in, entretanto, é difícil encontrar um Wrangler ou Grand Cherokee 4Xe à pronta entrega.
Com isso, percebe-se que a Jeep tem derrapando nas vendas. Fora do Brasil, onde as vendas de Compass e Commander seguem estáveis e na liderança das categorias, a marca perdeu força na China (cerca de 59% de queda nas vendas), Itália (18%) e EUA (12%), segundo levantamento da Car Industry Analisys.
Brasil é o segundo maior mercado da Jeep no mundo
Considerando o volume de vendas da marca em 2022, por exemplo, a Jeep teve seu pior resultado desde 2014, com 1,11 milhão de unidades vendidas. Só o Brasil responde por 20,4% das vendas da marca, que em números exatos conta como 137.339 modelos vendidos no País. Tal fato confere ao País o segundo maior mercado da marca no mundo todo.
A Jeep não conseguiu atingir seu objetivo imposto em 2017: dobras suas vendas até o ano de 2022. A marca até atingiu seu melhor resultado um ano depois, com 1,56 milhão de carros vendidos, mas caiu novamente. Os motivos que podem ter colaborado para isso também podem ser a falta de opções elétricas para a China, além de poucos modelos híbridos de acesso, por exemplo.
Por fim, a versão redesenhada do Renegade, prevista para 2025, seguida do Compass, devem ajudar na reestruturação das vendas da marca. Além disso, uma nova geração do Cherokee deve ajudar a preencher a lacuna deixada no mercado, ou tornar o SUV médio Commander um modelo global. Seja como for, há planos também para um Wagoneer cupê elétrico.
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