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Elétrico BYD e2 tem preço de Onix, tamanho de Golf e pode ser nacional
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Elétrico BYD e2 tem preço de Onix, tamanho de Golf e pode ser nacional

Antes voltado apenas para taxistas no mercado chinês, BYD e2 agora é vendido ao público no país asiático e pode ser produzido na fábrica da marca em Camaçari

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

29 de ago, 2023 · 4 minutos de leitura.

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BYD
Modelo tem iluminação por LEDs e ar-condicionado digital entre os itens de série
Crédito:BYD/Divulgação

O complexo da BYD, em Camaçari (BA), terá sua primeira parte concluída já no ano que vem. Por lá, haverá montagem de carros de passeio, veículos comerciais e baterias, bem como um centro de pesquisa e desenvolvimento, em Salvador, capital baiana. Mas além de planejar a tecnologia híbrida movida a etanol e produzir o hatch elétrico Dolphin e o SUV híbrido Song Plus, a marca ainda pode ter mais uma carta na manga: o hatch e2.



A fábrica, que terá capacidade produtiva de 150 mil unidades/ano – a terceira maior planta de produção de carros de passeio da BYD, atrás da China e Tailândia – tem no e2 um forte candidato a produção nacional. Afinal, o segmento de hatches compactos é o segundo maior do mercado brasileiro – atrás dos SUVs. Na prática, faz mais sentido produzi-lo, até porque o Seagull, já registrado no INPI (leia aqui) tem tamanho compacto – ao estilo JAC e-JS1 e Renault Kwid – o que não atrai tanto o público local. A fabricante, cabe mencionar, não confirmou planos de produção do e2 no Brasil até o momento.

JAC e-JS1 elétrico mais barato
JAC e-JS1 concorre no segmento de compactos elétricos (JAC Motors/Divulgação)

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Que carro é esse?

O BYD e2, após leve reestilização, começou a ser vendido para o público chinês em março. Já disponível no país desde 2019, o hatch era voltado exclusivamente para taxistas. Em síntese, embora tenha porte de Volkswagen Golf, com seus 4,26 metros de comprimento, o hatch tem jeitão de Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Volkswagen Polo e companhia – todos, com tamanho entre 4 m e 4,16 m. Na China, tem preço de R$ 80 mil, em média. São duas versões de acabamento.

BYD
Hatch herda traços do irmão SUV Yuan Plus (BYD/Divulgação)

Mecânica e aparência

Para se mover, conta com motor elétrico, posicionado no eixo dianteiro, de 95 cv e 18,3 mkgf de torque. A bateria (feita com íons de lítio) de 43,2 kWh fornece autonomia para até 405 km com a carga completa. O visual dianteiro do e2 em nada lembra os irmãos. Já a parte traseira herda detalhes do SUV Yuan Plus, principalmente pelas lanternas e pelo formato da coluna C. No interior, tem central multimídia com tela flutuante e rotativa (como em todos os modelos da marca) e o mesmo volante do irmão maior.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.