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Nova Ford Ranger Híbrida tem 45 km de autonomia no modo elétrico
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Nova Ford Ranger Híbrida tem 45 km de autonomia no modo elétrico

Picape média da Ford ganha versão híbrida, com direito ao motor 2.3 EcoBoost emprestado do esportivo Mustang; modelo PHEV se adianta frente às rivais

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

21 de set, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Ranger Plug-in Hybrid se adianta frente às rivais não eletrificadas
Crédito:Ford/Divulgação

A Ford anunciou na Austrália, grande mercado da marca, a nova Ranger PHEV, sua primeira versão híbrida. A produção do modelo plug-in começa oficialmente a partir do próximo ano, uma vez que o desenvolvimento já está em estado avançado. A picape média deve estar disponível para o público em 2025.

Competidora direta de modelos como a Toyota Hilux e Mitsubishi L200, o modelo híbrido passa à frente das rivais, que ainda não apresentaram ao público uma versão correspondente, por exemplo. Na Toyota, fala-se em uma versão da Hilux com adoção de um sistema elétrico de 48 volts, algo que nós já relatamos recentemente.



(Ford/Divulgação)

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Segundo a marca, o motor que equipará a picape, e também alimentará o sistema híbrido, é o 2.3 EcoBoost já utilizado no Mustang quatro cilindros. No esportivo, o motor aparece nas versões mais básicas, e entrega bons 319 cv de potência, e 49,3 mkgf de torque. Além disso, a picape será a Ranger com maior torque já feita, superando as irmãs a diesel e Raptor, graças ao motor elétrico.

Para efeito comparativo, a versão V6 Diesel tem 250 cv e 61,1 mkgf de torque. A versão Raptor, esportiva e voltada para o fora-de-estrada, tem mais potência: 397 cv, porém menos torque: 59,4 mkgf. Contudo, o conjunto mecânico do Mustang será recalibrado para a Ranger, por conta das diferenças de uso entre os modelos. Os componentes da suspensão da picape também serão substituídos por outros mais robustos. 

Ford Ranger híbrida fornecerá energia para equipamentos elétricos na caçamba

Sistema Pro-Power onboard permite ligar equipamentos elétricos à picape (Ford/Divulgação)

Entretanto, o modelo manterá a capacidade de carga em 3,5 toneladas, e terá alcance elétrico de 45 km, segundo anúncio feito pelo CEO da marca para Austrália e Nova Zelândia Andrew Birkic. Além disso, também haverá um sistema chamado “Pro-Power onboard”, que fornece energia para equipamentos elétricos ligados na caçamba. 

O artifício aparece em outros modelos comerciais da marca, como a Ford e-Transit, por exemplo. Por fim, além do sistema, também serão oferecidos na Ranger PHEV diferentes modos de condução elétrica. Ainda não se sabe se a novidade híbrida chegará a outros modelos da Ford, como o SUV Bronco ou Everest, ou mesmo na irmã de plataforma, a VW Amarok.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.