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Multas: é permitido dirigir descalço ou de chinelo? Veja o que diz o CTB
Legislação

Multas: é permitido dirigir descalço ou de chinelo? Veja o que diz o CTB

Listamos os tipos de calçados que não são permitidos ao volante, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e, portanto, podem gerar multas

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

21 de set, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Detran-SP multas
O CTB estipula regras dos calçados permitidos na hora da direção
Crédito:Epitácio Pessoa/Estadão

No Brasil, uma das multas mais comuns é a de dirigir acima da velocidade máxima permitida. Ou seja, em em 2022, das cerca de 76,6 milhões de infrações aplicadas, cerca de 35 milhões se referiam ao excesso de velocidade. Entretanto, há infrações não tão comuns que também podem resultar em pontos na CNH, bem como na emissão de um boleto. Durante o período de alta nas temperaturas, por exemplo, é comum que as pessoas se sintam mais à vontade em relação aos calçados. Inclusive, quando estão ao volante. Mas, afinal, é permitido dirigir de chinelo ou sandália? E descalço?

De acordo com o artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quem usa qualquer tipo de chinelo de dedo enquanto dirige está infringindo a lei. Isso porque esses calçados não são firmes nos pés e, por isso, comprometem a utilização dos pedais. Assim, trata-se de infração média. Como resultado, a penalidade são 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação, assim como multa no valor de R$ 130,16.



Multas
JF DIORIO/ESTADÃO

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Aliás, segundo o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT), os responsáveis pela fiscalização são os órgãos ou entidades de trânsito estadual e rodoviário. A autuação, portanto, ocorre quando o condutor usa “calçados que não possuem formato que envolva o calcanhar, como chinelos e sandálias sem alças traseiras”. O mesmo vale para motos e similares.

Quais calçados são permitidos?

Portanto, além do uso de chinelos, o CTB não permite calçar sandálias de dedo e rasteirinhas enquanto estiver dirigindo. Afinal, segundo o artigo 252, podem escapar dos pés e causar risco de acidentes. Dessa forma, modelos como “papetes” e “Crocs”, por exemplo, bem como outros tipos de calçado com amarras no tornozelo, estão liberados.

Multas
AYRTON VIGNOLA/ ESTADÃO

Por fim, vale citar que salto alto e sapatos de bico fino e plataforma estão vetados ao volante. Ou seja, mesmo que sejam presos ao tornozelo, esses calçados podem prejudicar o controle dos pedais. Para não errar, uma dica é deixar um tênis confortável no carro. Outra opção é dirigir descalço. Afinal, a prática é liberada.

Outras multas

Seja como for, há outras ações que merecem atenção na hora da direção. Não manter as mãos no volante, por exemplo, pode gerar multas. Esse caso pode ser interpretado como negligência e falta de atenção no trânsito. Ou seja, é uma infração média. Isso inclui, por exemplo, comer, maquiar-se ou fumar ao volante. De acordo com o artigo 252 do CTB, tirar uma das mãos é permitido apenas para fazer sinais regulamentares, mudar a marcha do carro ou acionar equipamentos internos. Veja outras ações que podem gerar infrações.  

antiesmagamento
HELVIO ROMERO/ESTADÃO

Cabe lembrar que, em abril deste ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou uma resolução que amplia as formas de pagamento de multas de trânsito emitidas por órgãos federais. Com isso, é possível quitar as taxas por meio de Pix, cartão de crédito e boleto bancário. Porém, o pagamento deve ser feito via PagTesouro. Ou seja, a plataforma gerida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Conforme o Contran, a novidade tem como objetivo facilitar a regularização imediata de veículos.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.