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Seguro obrigatório DPVAT vai voltar em 2024
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Legislação

Seguro obrigatório DPVAT vai voltar em 2024

Embora o governo não confirme, a volta da cobrança do IPVA é a saída para custear as despesas geradas em acidentes com vítimas envolvendo veículos

Tião Oliveira

13 de out, 2023 · 6 minutos de leitura.

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DPVAT
Seguro obrigatório não indeniza danos causados aos veículos
Crédito:Vanessa Ferrero/FotoRepórte Estadão

Prepare o bolso, pois o DPVAT, ou seguro obrigatório para veículos, vai voltar em 2024. Embora o governo federal ainda não confirme, a volta da cobrança é considerada crucial para custear as despesas geradas por acidentes com vítimas envolvendo veículos. De acordo com fontes ligadas ao assunto, os recursos disponíveis para indenização devem acabar entre o fim de 2023 e o início de 2024. Em março, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, disse que o governo já estava trabalhando em um novo modelo para o seguro.



De acordo com ele, à época, é preciso “ter uma nova arquitetura para esse seguro (que) é extremamente relevante para a população”. Em 2020, o seguro para Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres deixou de ser cobrado. Desde então, as indenizações são feitas com recursos geridos pela Caixa Econômica Federal. Porém, esse dinheiro, amealhado durante o período em que a taxa era obrigatória, está acabando.

DPVAT
DPVAT não indeniza danos causados a veículos, seja qual for o tipo; Foto: CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

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Seja como for, logo vai ficar inviável cobrir essas despesas. Afinal, a taxa foi extinta e o benefício, mantido. Assim, em breve o pagamento das indenizações ficará inviável. Vale lembrar que o seguro obrigatório DPVAT surgiu em 1974. Desde então, indenizava morte e invalidez permanente causadas em acidentes de trânsito. Bem como para reembolsar despesas médicas. Além disso, o pagamento é feito independentemente de quem foi o responsável pelo sinistro.

DPVAT paga indenização de até R$ 13,5 mil

Ou seja, em caso de morte ou invalidez permanente a indenização é de, no máximo, R$ 13,5 mil. Já a cobertura de despesas médicas indeniza gastos feitos na credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, desde que não sejam cobertos por outros seguros e/ou planos de saúde. Seja como for, a taxa foi extinta em janeiro de 2021, atendendo recomendação do Tribunal de Contas da União. Segundo o TCU, o objetivo seria evitar fraudes.

Afinal, denúncias sobre desvio dos valores arrecadados não paravam se surgir. Curiosamente, o valor do seguro obrigatório DPVAT passou a cair com o aumento da repercussão sobre casos de fraude. Assim, em 2016, por exemplo, o valor para automóveis era de R$ 105,65. Porém, a taxa baixou para R$ 68,10 em 2017 e, depois, para R$ 45,72 em 2018. Em 2019, a cobrança era de R$ 16,21. Por fim, em 2020, último ano da cobrança, a taxa era de R$ 5,21 para carros e R$ 84,58 para motocicletas.


DPVAT
Grupo de seguradoras privadas foi responsável pelo DPVAT até 2020; Foto: SEGURADORA LÍDER

Inadimplência impedia licenciamento

Segundo o governo, o fundo do seguro criado para administrar as indenizações recebeu um excedente de R$ 4,3 bilhões em 2021 da Seguradora Líder. Ou seja, o grupo de seguradoras que administrou o DPVAT até 2020. Os pagamentos da taxa e do licenciamento eram feitos em conjunto. Caso contrário, o documento do veículo ficava bloqueado.

Seja como for, ainda não faltam várias definições. Por exemplo, como o pagamento da nova taxa será feita. Ou mesmo se o nome DPVAT continuará sendo usado. A única certeza é de que não é possível manter o pagamento de indenizações se não houver uma nova fonte de recursos. Portanto, outra certeza é de que o prazo para essas definições está acabando.


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Comportamento dos passageiros pode afetar a segurança da viagem

Dez recomendações para que os ocupantes do veículo não tirem a concentração do motorista durante o percurso

13 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os passageiros têm um papel preponderante na segurança de um carro em movimento. O comportamento dentro do automóvel pode aumentar ou diminuir o risco de ocorrência de um acidente de trânsito

“Por motivos diversos, o motorista compromete a segurança ao volante do carro ao perder a capacidade de detectar obstáculos e não acionar os freios, por exemplo”, afirma Cleber William Gomes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

“O tempo de reação é precioso para prevenir acidentes. Quando o motorista divide a atenção interagindo com outras pessoas a bordo, a incapacidade de identificar o perigo aumenta.”

Embora o ser humano acredite na capacidade de fazer várias tarefas ao mesmo tempo, a direção pode ser impactada por condições adversas, que atrapalham a visão, a concentração e a atenção de motorista e passageiros.

“Os passageiros devem ter consciência de que sua presença, de alguma forma, afeta o comportamento do motorista. Eles ajudam a criar o clima da viagem e tanto podem ser tranquilos e prestativos como gerar algum tipo de estresse”, diz Gomes.

Por isso, veja dez recomendações importantes para o passageiro manter intacta a segurança da viagem:

  1. Adote uma postura ativa, ajudando na localização do caminho, atendendo o telefone e avisando sobre eventuais riscos.
  2. Não distraia o motorista, falando alto demais, mudando constantemente a música e comentando o modo como ele dirige.
  3. Mantenha-se alerta. Passageiros que dormem durante a viagem aumentam a probabilidade de o motorista também pegar no sono. 
  4. Não esqueça de usar o cinto de segurança e exija isso dos demais ocupantes do veículo. As crianças devem se acomodar em cadeirinhas ou assentos adequados à idade.
  5. O passageiro tem o direito de reclamar com o motorista se ele estiver dirigindo com imprudência, mas isso deve ser feito tranquilamente, para não gerar estresse.
  6. Evite situações que tirem a atenção do condutor. Se alguém passar mal ou se as crianças estiverem agitadas, sugira fazer uma pausa na viagem a fim de acalmar a situação. 
  7. Adie a viagem se estiver irritado, nervoso, inseguro ou sob efeitos de drogas ou álcool. 
  8. Jamais coloque parte do corpo para fora do veículo, seja nas janelas ou no teto solar.
  9. Antes de abrir a porta para sair do carro, certifique-se de que não existem riscos para você e os pedestres da via.
  10. Embarque e desembarque sempre pela porta ao lado da calçada.