O Volkswagen Fusca tem uma longa história, que começou nos anos 1930 e se estendeu por todo o século XX, motorizando o Brasil e o mundo. Entretanto, engana-se quem pensa que a história do velho besouro acabou no Brasil, em 1996, após seu renascimento em 1993. No México, o VW Sedán, também conhecido como “Vocho”, ficou em produção até o ano de 2003, exatos 20 anos atrás.
Com mais de 21 milhões de unidades fabricadas e mais de 60 anos de produção, a última unidade do Fusca no mundo deixou a linha de produção em Puebla em 30 de julho de 2003. Na Alemanha, sua produção foi de 1947 até 1974, enquanto no México, ela começou em 1967, e alimentava também os países vizinhos.
A fórmula de sucesso do Fusca ficou quase intocada nos mercados latino-americanos durante seus anos de produção. Assim, com poucas mudanças, como volante similar ao usado na família Gol brasileira do início dos anos 90, o “Sedán Última Edición” era uma série especial, de despedida. Tal como a Kombi Last Edition brasileira, o modelo recebeu novas cores, estofado e rodas com faixa branca. Seu motor era o valente 1600 boxer, de 1.6 litro, e parcos 46 cv.
Assim, disputadas a tapa, as 3.000 unidades do modelo tinham apenas duas cores: azul-claro e creme (acima), com 1.500 unidades cada. Calotas cromadas, faixas e emblemas decorativos endossam as mudanças no último dos besouros mexicanos, por exemplo. Contudo, algumas unidades do modelo mexicano acabaram na Alemanha, e a derradeira está exposta no museu da marca em Wolfsburg.
Com o VW Fusca só se vive duas vezes (no Brasil)
No Brasil, no entanto, a história do Fusca é curiosa, e com direito até a “ressurreição”. Um dos modelos mais vendidos da história da VW no País, chegou por aqui ainda nos anos 50, importado da Alemanha, para depois ser montado no Brasil, seguido da instalação da Volkswagen localmente. Assim, em 1972 atingiu seu maior número de vendas, e permaneceu em linha até 1986, com a chamada “Última Série”.
Em 1993, a pedido do então presidente Itamar Franco, o Fusca retornou à linha de produção, por onde ficaria por mais três anos. Por fim, sem repetir o sucesso do passado, mas igualmente disputado por colecionadores, se despediu do mercado brasileiro pela segunda vez, em 1996, com a chamada “Série Ouro”.
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