Enquanto diversas marcas de veículos começam a trazer carros mais caros ao País, pois acabam sendo mais rentáveis para as fabricantes, a Volvo pegou a mão contrária. No comecinho do mês, a montadora sueca convidou alguns jornalistas da imprensa especializada – inclusive, o Jornal do Carro – para dirigir, em primeira mão, o EX30 em Barcelona (Espanha). O SUV já está em pré-vendas no Brasil, mas chega às mãos dos primeiros compradores apenas a partir de maio.
E a ideia é, justamente, oferecer baixo custo e abrir a porta de entrada ao mundo premium ao consumidor. Mas, a pergunta que não quer calar é: como a Volvo conseguiu ter um carro elétrico com preço de Jeep Compass Flex?
Antes, porém, de mencionar os cinco principais pontos que fazem do EX30 um carro de baixo custo para a Volvo, cabe relembrar que o modelo de entrada da marca tem preços a partir de R$ 219.950. Ou seja, quase o mesmo que a versão intermediária do Compass (Limited T270), de R$ 217.990.
Cinco pontos
O primeiro ponto é o tamanho compacto. Afinal, quanto menor o carro, menos matéria prima é gasta em sua construção e, assim, menos custos para a fabricante. O EX30 trata-se do menor carro presente no portfólio da marca. Tem 4,23 metros de comprimento, 1,84 m de largura e 1,54 m de altura. Para comparação, o XC40 tem, respectivamente, 4,44 m, 1,86 m e 1,65 m.
O motor elétrico do Volvo EX30 é único. Montado o eixo traseiro, rende até 276 cv. Tem 35 mkgf de torque. Desse modo, como em todo carro elétrico, não exige tantas peças, óleos lubrificantes e detalhes vistos em carros a combustão. Assim, da mesma forma que veículos movidos à baterias são mais baratos de reparar, também têm construção mais simples e, portanto, mais barata.
Produção
Por falar em valores baixos, o fato de o modelo ser produzido na China, consegue mão de obra mais barata e, assim, pode passar um valor menor ao consumidor final. Isso se deve ao desenvolvimento em parceria com a dona da marca sueca, a chinesa Geely. No EX30, a plataforma já nasceu elétrica e, assim, consegue valor competitivo ao redor do mundo. Também aposta no grande volume de produção local para ter vantagem de valor. O compartilhamento de componentes e um projeto pensado também rendem baixo custo de produção e, consequentemente, preço mais baixo.
O carro tem visual futurista e minimalista. Isso, evidentemente, rende economia de custos. Afinal, quase todas as funções são concentradas em uma tela central de 12,3″. Até os comandos dos retrovisores, por exemplo, são realizados pela central multimídia. E o fato de não ter quadro de instrumentos em posição convencional, tampouco botões no painel, também gera economia de custos de produção. Os comandos dos vidros foram para o console central, afinal, nas portas, só têm as maçanetas.
Por fim, em diversas partes do interior e exterior do modelo, há materiais recicláveis. O SUV tem cerca de 25% do alumínio e outros 17% de aço e plástico recicláveis, de acordo com a fabricante. No interior, tem linho e tecido composto por 70% de poliéster reciclado, o que também diminui custos de produção
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