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Preço das baterias de elétricos está despencando, diz Goldman Sachs
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Preço das baterias de elétricos está despencando, diz Goldman Sachs

Instituição financeira afirma que valor das baterias pode diminuir 40% e equiparar preços de carros elétricos e a combustão em breve

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

15 de nov, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Bateria de carro elétrico
Carros elétricos poderão custar o mesmo que modelos a combustão por conta das baterias mais baratas
Crédito:Ford/Divulgação

A queda nos preços de matérias-primas deve reduzir em 40% o preço das baterias de carros elétricos até 2025, afirma um estudo do banco de investimentos Goldman Sachs. Isso será fundamental para um aumento significativo da aceitação global de modelos que rodam apenas com energia elétrica.

“A redução nos custos com a bateria pode resultar em veículos elétricos com preços mais competitivos, uma aceitação mais ampla pelos consumidores e um crescimento maior em mercados onde esses carros estão disponíveis”, afirmou Nikhil Bhandari, um dos chefes da equipe de pesquisa da instituição financeira.



A expectativa é de que os preços das baterias caiam, em média, 11% a cada ano entre 2023 e 2030. Até 2025, por exemplo, o mercado de elétricos pode alcançar a paridade de valores com modelos movidos a combustão. E isso mesmo sem incentivos para a compra.

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Metais que compõem as baterias mais baratos

De acordo com estimativa de analistas, os preços ficarão mais razoáveis por conta da redução nos valores de lítio, níquel e cobalto. Esses metais são fundamentais na produção de baterias. No início deste ano, a Goldman Sachs previu que essa movimentação aconteceria com a descoberta de novas minas e por conta da queda nas vendas de carros elétricos na China. Outro fator que contribui para esse cenário são as novas tecnologias de fabricação das baterias, com processos em cadeia mais simples e baratos.

Processo de produção mais barato será uma das causa na queda do preço da bateria (BMW/Divulgação)

Além disso, a instituição diz que o custo do Quilowatt-hora (kWh) de capacidade da bateria deve cair em torno de 40%. O valor em 2022 era de US$ 155, mas a expectativa é de que chegue a US$ 99 em 2025. Isso implicaria, segundo os estudos, em um aumento do interesse da população por modelos elétricos. Dessa forma, a abrangência do segmento pode chegar a 63% do mercado total de veículos até 2040.


De acordo com Bhandari, a China deve liderar esse aumento na adoção de carros elétricos, como já vem acontecendo hoje. Isso porque os modelos movidos a eletricidade são subsidiados e têm preços mais competitivos no país quando comparados a equivalentes na Europa ou nos EUA. Contudo, a queda nos preços das baterias pode equilibrar esse cenário no futuro.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.