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Pesquisa diz que brasileiros têm conexão emocional com seus carros
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Pesquisa diz que brasileiros têm conexão emocional com seus carros

Segundo levantamento da consultoria Bain & Company, consumidores brasileiros também se identificam mais com sua marca favorita

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

22 de nov, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Brasileiro tem conexão emocional com o carro
Crédito:Foto: senivpetro/Freepik
Brasileiros se identificam e são fiéis a determinada marca

Que brasileiro é apaixonado por carros, não é segredo. Mas agora essa afirmação tem como base dados técnicos. De acordo com levantamento feito pela consultoria Bain & Company, um em cada dez brasileiros recomenda uma marca de carro devido a uma ligação emocional.

Ou seja, os donos se referem aos veículos como “objeto dos sonhos”, investimento de uma vida inteira e símbolo de status. Além disso, identificam-se com uma fabricante específica. Fora os brasileiros, os mexicanos também têm uma relação mais emocional com o automóvel.



O estudo foi feito com a NPS Prism, ferramenta que avaliou a experiência dos clientes. Dessa forma, mostra que as montadoras mais bem avaliadas no Brasil e no México têm NPS 23 pontos mais alto que nos EUA, Canadá e China. Além disso, a confiança na marca também é mais relevante para brasileiros e mexicanos. Mas, em todas as regiões, fatores como custo-benefício e segurança se destacam como prioridades para os consumidores.

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Na pesquisa com os proprietários de veículos de diversas marcas, a nota registrada no Brasil foi de 92 pontos. Em seguida aparece o México, com 91 pontos. Já os proprietários de veículos nos Estados Unidos ficaram com 81 pontos, enquanto os chineses (72) pontos e os canadenses (66) demonstraram menos “apego” com o carro. Entre os principais fatores que influenciaram o resultado no Brasil, estão, por exemplo, a dificuldade de compra de um veículo, que só perde para a compra de um imóvel.

Baterias
Veículos sustentáveis não são prioridade para os brasileiros (Zeekr/Divulgação)

Sustentabilidade não é decisiva para brasileiros

Apesar de ter crescido, a sustentabilidade como critério de escolha na compra do carro ainda não é um dos pontos principais para os clientes. Entretanto, donos de carros de luxo dão mais importância a esse fator que proprietários de modelos populares. No Brasil, isso é ainda mais relevante. Entre todos os países pesquisados, a diferença aqui foi de 17 pontos percentuais, a maior de todo o levantamento.


“Essa discrepância reflete a necessidade de políticas de incentivo que permitam que veículos sustentáveis sejam acessíveis a todos os públicos. Assim, cada vez mais brasileiros poderão aliar sua paixão por automóveis a uma postura mais amigável com o meio ambiente”, diz Carlos Libera, sócio da Bain & Company.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.