À medida que mais compradores se interessam por carros elétricos, fatores que são importantes para quem tem um modelo a combustão também se tornam cruciais para os donos de veículos alimentados por baterias. Qualidade e custo de propriedade são os índices mais importantes para a satisfação desses consumidores, de acordo com estudo da J.D. Power.
A pesquisa Electric Vehicle Experience (EVX), conduzida pelo instituto pelo quarto ano consecutivo, revela ainda que a baixa disponibilidade de estações públicas de recarga se mantém como principal motivo de rejeição aos elétricos. E o pior: a experiência de manter um carro da categoria se tornou mais preocupante no último ano. Desse modo, a aprovação dos proprietários em relação ao número de carregadores públicos caiu 32% se comparada ao ano anterior.
Satisfação dos compradores de carros elétricos
Outro dado do estudo mostra que os compradores do primeiro carro elétrico estão menos satisfeitos que aqueles que já tinham um modelo do tipo na garagem. Além do problema dos pontos de recarga, a baixa autonomia foi destaque para essa insatisfação.
Assim, 48% dos novos donos de elétricos afirmam que consideram comprar um modelo híbrido plug-in no futuro, enquanto 39% pretende voltar a consumir carros a combustão. Entretanto, 38% dos clientes veteranos dos BEVs – que já estão no segundo ou terceiro veículo da categoria – afirmam que podem optar por um PHEV na próxima compra, e apenas 19% desse público diz que retornaria aos carros somente a gasolina.
Os modelos com melhor avaliação
Na categoria de veículos premium, o BMW i4 recebeu a melhor pontuação: 800 de 1.000 possíveis. Já para o mercado de marcas massificadas, o Mini Cooper Electric ocupa a primeira posição da lista pelo segundo ano seguido, com 770 pontos. O ranking tem desempenho, qualidade e confiabilidade como exemplos de critérios de avaliação.
“Muitos produtos estão atingindo o objetivo de agradar os consumidores. Mas, ao mesmo tempo, a queda nos índices de satisfação com a indisponibilidade de carregadores públicos deve servir de alerta por esta ser uma razão fundamental para a rejeição dos BEVs. Para que atinjam seu potencial máximo, essa questão precisa ser resolvida”, diz Brent Gruber, diretor executivo da J.D. Power.
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