Na contramão da indústria automotiva, o Fiat 500e, carrinho clássico lançado em versão exclusivamente elétrica na sua geração mais recente, em 2020, pode receber agora uma opção a combustão.
Isso porque a geração anterior do compacto continuou à venda no mercado europeu com motor a gasolina. Desse modo, foram vendidas 104 mil unidades da opção a combustão, enquanto o modelo elétrico foi responsável por 62 mil unidades.
Como a geração anterior deve ser descontinuada a partir de julho por não atender mais as regras de segurança e cibersegurança da União Europeia, a Fiat considera voltar atrás e lançar a geração atual com um novo propulsor a gasolina.
Planos da Fiat para o futuro
A montadora já sondou fornecedores com a justificativa de aumento da produção do 500 em sua fábrica de Turim, na Itália. A ideia é passar das 77.260 unidades de 2023 para 175 mil carros anualmente, sendo 100 mil a combustão e 75 mil elétricos.
Apesar de o 500 elétrico estar à venda no mercado brasileiro, não sabemos se a opção a gasolina poderá voltar ao País. Lembrando que o 500 foi vendido por aqui de 2009, a princípio importado da Polônia (onde é fabricado até hoje), a 2015, sendo que a partir de 2011 o carrinho vinha do México.
Mesmo que o 500 receba o motor a gasolina nesta geração, sua vida deve ser curta. Afinal, a Fiat já declarou que pretende fabricar apenas carros elétricos a partir de 2030, pelo menos na Europa. No Brasil, é basicamente certo que esse prazo não se aplica por conta da infraestrutura do País e pela aposta da empresa no etanol. O certo é que a marca terá modelos híbridos flex no futuro aqui.
Mas a Fiat também pode mudar a produção do compacto da Polônia para a Algéria a fim de abastecer mercados da África e da Ásia com o 500 com motor a combustão.
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