O site britânico Top Gear agitou o universo automotivo com rumores de que a Ferrari está prestes a trazer de volta o icônico F40. O esportivo foi o último modelo aprovado por Enzo Ferrari, criador da fabricante italiana, antes da sua morte. Conhecido por seu desenho atemporal, o supercarro dos anos 1980 pode integrar a linha “Icona”, composta por edições limitadas que reinterpretam clássicos da marca com tecnologias e materiais modernos.
Caso se concretize, o projeto do novo Ferrari F40 promete seguir a linha de sucesso de modelos como a Monza SP1/SP2 e a Daytona SP3. Mas sem se render ao estilo “retrô”. A Top Gear cita “fontes muito confiáveis” e afirma que o modelo será construído sobre uma arquitetura moderna. E que terá conexão visual direta com o F40 original.
A expectativa é de que a releitura resgate elementos icônicos do cupê, como, por exemplo, o spoiler traseiro no formato “estante de livros”; as entradas NACA no capô; bem como o famoso “nariz quadrado”, que se tornaram referências na época de seu lançamento.
Entretanto, conforme o jornalista André Mendes, do site português Razão Automóvel, o projeto não está aprovado. E talvez a Ferrari não queira ousar neste tributo ao F40 após o “hype midiático” na recente revelação do novo F80.
Ferrari mira clientes ‘nostálgicos’
Seja como for, o fato é que a linha Icona tem se provado lucrativa para a fabricante de Maranello. A Monza SP1/SP2 e a Daytona SP3, que estrearam com preços iniciais de R$10 milhões e R$11 milhões, respectivamente, foram sucessos financeiros. Centenas de unidades foram reservadas em pré-venda antes mesmo de os modelos serem revelados ao público.
Com a nova F40, a marca pode repetir esse êxito, capturando o interesse de colecionadores dispostos a pagar milhões para garantir um exemplar histórico da Ferrari. Por fim, a decisão de resgatar o F40 é também uma resposta à reinterpretação do Lamborghini Countach, que dividiu opiniões, com críticas do designer do esportivo original, Marcello Gandini.