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Uno usado é fácil de revender
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Uno usado é fácil de revender

O Uno (incluindo a nova geração) ocupa o segundo lugar no ranking de vendas de carros novos no País, atrás do VW Gol, líder há 24 anos seguidos. O bom resultado se repete no segmento de usados. Conforme lojistas da cidade, o carrinho é muito bom de...

25 de dez, 2010 · 3 minutos de leitura.

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 Uno usado é fácil de revender

Até as versões duas-portas, como este 2001, não param nos estoques. (Foto: Divulgação)

NÍCOLAS BORGES

Poucos carros são tão fáceis de revender como o Uno. Por isso, nas lojas independentes consultadas pela reportagem, o pequeno Fiat costuma ter preços mais altos até que os publicados às quartas-feiras na pesquisa do Jornal do Carro.

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Para o proprietário da Coretcar (0xx11 2239-9250), no Imirim, zona norte, Carlos Lamas, o compacto vende bem mesmo com duas-portas, raridade em um universo no qual imperam as carrocerias com o dobro de acessos à cabine. “O carro atende a um público que pensa mais em economia do que em conforto e praticidade”, diz. Na loja há um Mille Smart duas-portas 2001, prata, a gasolina, oferecido por R$ 12.699. No JC desta semana o valor médio do carro é de R$ 10.706.

Na Dinho Multimarcas (0xx11 5061-6432), no Ipiranga, zona sul, espera um novo dono um Mille Fire quatro-portas 2005 azul-escuro, também a gasolina. O preço pedido é de R$ 16.900 – apenas R$ 600 a mais do que a média apurada pelo jornal. Bem equipado, tem ar-condicionado, travas e vidros elétricos e rodas de liga leve. “Os modelos mais novos, com motor flexível, costumam sair mais rápido, mas quando é só a gasolina não chega a ser um problema”, comenta o vendedor da loja Evandro da Silva.

Quem não deverá esquentar a cabeça é Juliana Dias, vendedora da Diaskar (0xx11 3376-0505), em Santa Cecília, região central. Ela está com dois Mille 2009 flexíveis cotados abaixo do que foi publicado no JC de quarta, dia 22.


Um é Fire, duas-portas, branco e sai por R$ 17.990 (na pesquisa, R$ 19.457). O outro é um Way Economy, quatro-portas, preto, a R$ 20.990 – ou R$ 1.010 a menos que a média apurada na pesquisa. E este ainda tem o trio elétrico.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”