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Avaliamos a nova geração do Fiorino
Avaliação

Avaliamos a nova geração do Fiorino

Agora com 'cara' de Uno, furgão da Fiat traz capacidade de carga maior, mas perdeu espaço na cabine

11 de dez, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Avaliamos a nova geração do Fiorino
Motor é o 1.4 flexível

Um dos responsáveis por manter a Fiat na liderança entre os veículos utilitários é o Fiorino. Com 11 mil unidades emplacadas no acumulado de janeiro a novembro, o modelo não tem concorrentes diretos no Brasil. Agora, o veterano mudou de geração. Antes baseado no Mille, ele agora é derivado do Uno, mas tem estrutura traseira da picape Strada. Seu preço inicial é de R$ 38.540, R$ 500 a mais que na versão anterior.

O furgão perdeu 100 litros de volume no compartimento traseiro, mas, segundo a Fiat, teve aumento de 30 kg na capacidade de carga – que é de 650 kg.

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A redução do tamanho do compartimento foi justificada pela fabricante como necessária para reduzir o arrasto aerodinâmico e, consequentemente, melhorar o consumo. Com nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem, o furgão registra 7,5 km/l de etanol na cidade, conforme a Fiat.

Já o espaço interno diminuiu, algo facilmente observado durante a avaliação.


O motor é o 1.4 Evo de até 88 cv (com etanol), que substitui o 1.3 Fire de 71 cv. Apesar de ter um conjunto mais potente e de maior torque (12,5, ante 11,6 mkgf do anterior), o modelo ficou 10% mais pesado. Portanto, não houve ganho significativo em seu desempenho.

O peso extra é fruto da instalação de ABS e air bags dianteiros.

A suspensão traseira, por feixe de molas, é forte para aguentar cargas, mas não oferece conforto. Apesar disso, o furgão tem boa estabilidade e é fácil de conduzir. Os retrovisores externos são maiores que os do Uno e a visibilidade é favorecida.


Um ponto fraco é a falta de itens de conforto. No entanto, há muitos opcionais, como ar-condicionado e direção hidráulica, entre outros. O Fiorino completo custa R$ 41.710, preço próximo ao do Doblò.

FICHA TÉCNICA

Preço sugerido – R$ 38.540
Motor – 1.4, 4 cil., 8V, flexível
Potência – 88 cv a 5.750 rpm*
Torque – 12,5 mkgf a 3.500 rpm*
Comprimento – 4,38 metros
Capacidade de carga – 650 quilos
Consumo cidade – 7,5 km/l*


FONTE: FIAT
* DADOS COM ETANOL

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”