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Renovada, Strada desafia Saveiro
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Renovada, Strada desafia Saveiro

Picape da Fiat, que recebeu retoques visuais, encara a da Volks em duelo de cabines estendidas

08 de jan, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Renovada, Strada desafia Saveiro
As duas picapes foram feitas para trabalhar

Ícaro Bedani

Difícil. Assim foi a vitória da Saveiro sobre a Strada Working neste comparativo entre picapinhas com cabine estendida. A Fiat, tabelada a R$ 37.650, ante os R$ 38.590 da Volkswagen, recebeu atualizações visuais tanto na dianteira quanto na traseira e melhorias no interior.

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E, além de custar menos, a Strada pode carregar mais carga. Sua caçamba tem capacidade para 930 litros, ante 734 litros do bagageiro da rival.

Outro ponto a favor do utilitário da Fiat é o preço do seguro. Na média, a apólice da Strada Working é quase 40% mais barata que a da Saveiro (confira na próxima página).


Mas a Fiat levou a pior em outros quesitos, como o motor, que é mais “fraco”. Enquanto a Volkswagen vem com o 1.6 de até 104 cv, a Fiat traz o 1.4 de até 86 cv – números com 100% de etanol no tanque.

Além do propulsor “maior”, a Saveiro tem câmbio mais bem acertado e com relações curtas, o que torna suas respostas bem espertas. Já a Strada sofre para vencer ladeiras e, mesmo com a caçamba vazia, para extrair alguma agilidade dela é preciso fazer frequentes trocas de marcha.


Em duelo tão acirrado, qualquer escorregão pode ser determinante na hora da escolha. E os detalhes foram fundamentais para a vitória da VW.

Na Strada, a posição de guiar é muito alta. Seu volante também é demasiadamente inclinado. Na Saveiro, encontrar a melhor posição de dirigir é bem mais fácil.

Nas duas picapes as suspensões trabalham bem. Enquanto a da Saveiro tem “pegada” esportiva, a da Strada permite encarar buracos sem sustos.


A Saveiro das fotos deste comparativo é da versão Trooper, intermediária, cujo preço sugerido começa em R$ 45.110.

POUCOS ITENS DE SÉRIE

Para ter algum conforto a bordo, o comprador não pode ter medo de enfiar a mão no bolso. Na Saveiro, por exemplo, a direção hidráulica custa R$ 1.295. Se quiser ar-condicionado, são mais R$ 2.880.

Já “frivolidades”, como equipamento de som, então… Só a antena de teto e a fiação (sem alto-falantes) custam R$ 223. A janela traseira corrediça sai por mais R$ 513 e o sensor de estacionamento, por R$ 573.

Para a Strada, a situação não é diferente. E, no caso da direção com assistência, por exemplo, a diferença de preço a favor da Fiat é de meros R$ 60.

Por outro lado, ela traz vidros elétricos de série. Para ter esse conforto na VW o comprador precisa levar um pacote de R$ 632 que inclui alarme com imobilizador eletrônico, chave tipo canivete com controle remoto e espelhos elétricos.

Se serve de consolo, todos os carros feitos a partir do dia 1º de janeiro saem de fábrica com air bags e ABS. Os que não têm esses itens e foram faturados no ano passado podem ser vendidos até 31 de março.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”