Encontrar pessoas que gostam de dirigir é fácil. Difícil, mesmo, é achar alguém que goste de estacionar. Há poucas tarefas mais chatas do que procurar vaga em estacionamentos, e de fazer as manobras capazes de deixar o automóvel bem acomodado nas vagas. As rodas raladas e os para-choques amassados estão aí para provar isso.
A boa notícia é que as montadoras estão trabalhando no assunto. É o caso da Audi. A marca alemã levou para um congresso de neurociência em Barcelona, Espanha, um protótipo em escala reduzida do Q2 capaz de procurar vagas, calcular manobras e estacionar, tudo de forma autônoma.
O pequeno Q2 utiliza uma câmera na frente e uma atrás, além de dez sensores de ultrassom em volta do carro, capazes de identificar tudo o que há em torno do veículo. Um computador a bordo converte em dados as informações dos sensores e das câmeras para comandar a direção e o motor. Assim, o carro pode dirigir sozinho até encontrar uma vaga em que ele caiba.
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Da mesma forma como ocorre com motoristas reais, o carro “aprende” por meio de tentativa e erro. Começa com espaços maiores e, à medida que ganha experiência, se sujeita a manobras mais arriscadas. Algoritmos definem as ações e vão estudando as estratégias de estacionamento.
Por enquanto, a Audi testa a experiência em um Q2 em escala 1:8. Mas a empresa anuncia que o sistema estará na próxima geração do A8, a ser lançada no ano que vem. A marca garante que o modelo de luxo será capaz não apenas de dirigir sozinho, mas também de estacionar sem intervenção do motorista – e estacionar o grandalhão A8 em escala 1:1 não é tarefa das mais fáceis.