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Oficina: rode com o câmbio engrenado
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Oficina: rode com o câmbio engrenado

Dúvida do internauta: 'Ao colocar o câmbio em posição neutro (ponto morto), há redução da injeção de combustível na câmara de combustão? O combustível é queimado da mesma forma com o carro em movimento?'

07 de ago, 2010 · 3 minutos de leitura.

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 Oficina: rode com o câmbio engrenado
Foto Divulgação

Ao colocar o câmbio em posição neutro (“ponto morto”), há redução da injeção de combustível na câmara de combustão? O combustível é queimado da mesma forma
com o carro em movimento?
Marcelo Mourão, por e-mail

Segundo o assessor técnico da Fiat Carlos Henrique Ferreira, quando o câmbio está em “ponto morto”, o motor gira em rotação de marcha lenta e, assim, existe queima de combustível.

“É pequena, serve para manter o motor funcionando apenas”, explica o especialista. A queima, portanto, ocorre da mesma forma quando o carro está em movimento, embora em menor volume. Já em estrada, em uma descida, por exemplo, se o motorista parar de acelerar o gerenciamento eletrônico poderá até cortar completamente a injeção de combustível.

Por estar ligado ao câmbio (que está conectado às rodas, por sua vez), o motor permanece girando. Nessa condição há economia de combustível, o que não ocorreria se o câmbio estivesse em ponto morto, já que uma pequena quantidade de combustível é injetada.

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“Há ainda a questão da segurança (há risco de o motorista perder o controle do veículo caso se coloque o câmbio em neutro). Por isso deve-se manter a marcha engatada e jamais rodar na ‘banguela’”, afirma Ferreira.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”