THIAGO LASCO
Toda vez que o período de férias escolares termina é a mesma coisa: acaba também o sossego dos motoristas, principalmente nas grandes cidades, que voltam a ficar bem mais congestionadas. Para evitar o estresse ao volante, há atitudes simples que podem ajudar – e muito. Sair de casa um pouco mais cedo, por exemplo, reduz o risco de atrasos e alivia a pressão sobre o motorista.
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“O horário de pico deve ser evitado, porque a relação com os demais motoristas se torna mais desgastante”, afirma o dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego(Abramet). “Se isso não for possível, o melhor a fazer é usar o transporte coletivo”, diz.
Segundo o especialista, a tensão com atrasos provoca uma descarga de adrenalina, elevando as frequências cardíaca e respiratória e a pressão arterial. E isso pode causar diversos problemas de saúde.
Se o engarrafamento for inevitável, há várias opções para reduzir a sensação de mal estar. Música, por exemplo, ajuda a relaxar, desde que em volume baixo e sem distrair a atenção do trânsito. “Com o carro em movimento, a desatenção pode desencadear acidentes”, lembra Alves.
Chocolate e outros doces são um agrado bem-vindo. “Qualquer carboidrato melhora a glicemia, e o açúcar no sangue atua em neurônios que reduzem o desgaste”, explica o médico.
Para proteger o corpo, ele sugere movimentos simples para serem feitos dentro do carro, como espreguiçar e curvar o tórax sobre o volante. “Alongar ombros, punhos e articulações melhora a oxigenação dos tecidos e do cérebro e previne doenças ligadas ao esforço repetitivo.”
Engarrafamento ‘produtivo’ – Não são poucos os motoristas que se cercam de atividades para tentar tornar produtivo o tempo parado no engarrafamento. Adiantar o trabalho à distância e aprender idiomas são exemplos frequentes.
“Uso o iPad para colocar as leituras e o Twitter em dia, estudo japonês e francês com audio books”, diz o administrador de empresas Shoichi Iwashita.
Alves alerta que aparelhos como tablets e smartphones têm grande potencial de provocar acidentes. “Só recomendo se o engarrafamento for daqueles em que o motorista puxa o freio de mão e desliga o motor.”
É o que faz Iwashita. “Uso quando está tudo parado mesmo. Depois, deixo no banco do passageiro”, garante.