Você está lendo...
Mostra de Pebble Beach tem surpresas
Notícias

Mostra de Pebble Beach tem surpresas

A 62ª edição do concurso de elegância de Pebble Beach, na Califórnia (EUA), ocorreu no domingo com alguns marcos históricos em seu famoso leilão de antigos

22 de ago, 2012 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Mostra de Pebble Beach tem surpresas

Fotos: Reprodução

A 62ª edição do concurso de elegância de Pebble Beach, na Califórnia (EUA), ocorreu no domingo com alguns marcos históricos em seu famoso leilão de antigos. Houve até uma frustração e duas surpresas.

(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro#)

A notícia “ruim” foi que o recorde estabelecido no ano passado, quando uma Ferrari Testarossa de 1957 foi arrematada por US$ 16,4 milhões (R$ 33 milhões, aproximadamente), não foi quebrado. O 540K Special Roadster de 1936 que pertenceu à baronesa alemã Gisela von Krieger (foto no alto) era a aposta para superar a marca do esportivo italiano, mas o Mercedes-Benz saiu por “apenas” US$ 11,7 milhões (cerca de R$ 23,5 milhões).

Publicidade


As surpresas foram divididas por dois carros. A maior foi um Ford GT de 1968, em versão especial de menor peso (há atualmente apenas dois remanescentes dessa configuração). O modelo, usado por Steve McQueen nas filmagens de “As 24 Horas de Le Mans” (1971), foi vendido por US$ 11 milhões (cerca de R$ 22 milhões) e tornou-se o veículo americano mais caro já arrematado em um leilão.

Antes dele o recorde pertencia a um Duesenberg Modelo J de 1931, comprado por US$ 10,6 milhões (R$ 21,2 milhões). McQueen escolheu este Ford pois precisava de um carro capaz de acompanhar as Ferrari 512 e os Porsche 917 nas cenas de corrida, filmadas em velocidade real. Para cumprir essa missão, o GT teve o teto removido e as portas cortadas. Após a “carreira” no cinema, o Ford foi vendido e totalmente restaurado.


A segunda surpresa foi o valor alcançado pelo Fiat 500 Prima Edizione (primeira edição, em português) do apresentador Jay Leno. Antes do leilão estimava-se que o carrinho seria arrematado por cerca de US$ 30 mil (R$ 60 mil). Mas ele chegou a surpreendentes US$ 385 mil (R$ 770 mil). A renda será doada a uma instituição que ajuda famílias de soldados americanos feridos.


O concurso de elegância foi vencido por um Mercedes-Benz 680S Saoutchik Torpedo de 1928 (acima). O carro tem esse nome por causa de sua carroceria (Torpedo), feita por Jacques Saoutchik.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”