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GM anuncia fim das operações na Venezuela
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GM anuncia fim das operações na Venezuela

Empresa teve a planta confiscada pelo governo em abril e demitiu todos os 2.700 funcionários

Tião Oliveira

02 de mai, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:Foto: Marco Bello/Reuters

A General Motors anunciou hoje (2) a dissolução de seus negócios na Venezuela. De acordo com nota divulgada pela companhia nos Estados Unidos, isso ocorreu “após a inesperada apreensão da planta venezuelana da GM em 18 de abril pelas autoridades judiciais, o que obrigou a empresa a cessar as operações e encerrar as relações de trabalho com seus empregados por motivos que ultrapassam a vontade das partes. Todos os ex-empregados receberam os pagamentos devidos e previstos na legislação.”

Com o confisco da fábrica pelo governo de Nicolás Maduro, a subsidiária da GM na cidade de Valência demitiu 2.700 funcionários no dia 24 de abril. Os empregados relataram ter recebido indenização trabalhista por meio de depósito em suas contas bancárias, segundo informou a agência de noticias Reuters.

A GM alega que a planta foi confiscada de forma ilegal, como resultado de um processo movido por duas concessionárias locais que, em 2000, alegaram que não haviam recebido uma encomenda de 10 mil veículos que já teriam sido pagos. O ministro do Trabalho da Venezuela, Francisco Torrealba, negou o confisco da fábrica e disse que a acusação feita pela GM era “absolutamente falsa”.

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O encerramento das atividades da GM na Venezuela já havia sido anunciado em meados de abril. De acordo com relatos de ex-funcionários à Reuters, desde o início de 2016 a empresa deixou de produzir carros no país.

A GM informou que entrou com recurso junto ao Supremo Tribunal venezuelano na semana passada para invalidar o processo que levou à apreensão e reverter todas as ações civis e criminais relacionadas (ao caso). Na nota divulgada hoje, a empresa informa que “espera uma decisão rápida e um resultado favorável”.

Sem citar detalhes, a empresa informou que poderia voltar a operar na Venezuela. De acordo com o texto, “embora a empresa tenha cessado as operações, seus executivos expressaram vontade de conversar com autoridades governamentais e líderes sindicais sobre as circunstâncias em que seria possível dar novo início à produção e empregar alguns trabalhadores, com um novo modelo de negócios mais viável.”


Ainda segundo a GM, o processo de dissolução de seus negócios na Venezuela deverá representar um custo de até US $ 100 milhões (cerca de R$ 350 milhões) aos cofres da empresa.

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Energia solar se integra ao sistema de recarga do veículo elétrico

Como as placas fotovoltaicas ajudam a realimentar as baterias e a reduzir os custos do consumo de energia?

17 de jun, 2024 · 2 minutos de leitura.

A energia solar tem se mostrado uma ótima alternativa para a recarga de veículos elétricos. Afinal, ela possibilita o carregamento do automóvel em casa ou em outro local com estrutura fotovoltaica.

“É importante observar que o tamanho da bateria do carro pode influenciar diretamente no dimensionamento dos painéis necessários”, diz Fabio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Cada modelo possui uma capacidade de armazenamento diferente, o que impacta no sistema ideal para fazer a recarga.”

A eletricidade gerada nos painéis solares está no formato de corrente contínua (CC). Mas a maioria dos aparelhos elétricos usa a chamada corrente alternada (CA). Daí a necessidade do inversor solar. 

Como o nome indica, esse aparelho é responsável por converter a eletricidade em corrente contínua dos painéis em alternada. Dessa maneira, permite que a bateria do carro elétrico seja realimentada.

Vantagens

“Se for superior ao consumo, a energia gerada poderá ser armazenada em baterias. Ou, dependendo do tipo de sistema, é enviada de volta para a rede elétrica”, explica Delatore.

Ele destaca que o número de placas solares está diretamente ligado à potência necessária para o sistema atender às necessidades do local. Quanto mais placas, maior a potência do sistema.

“Dependendo do ponto onde as placas serão instaladas – no telhado, por exemplo –, o espaço disponível pode limitar a quantidade de painéis solares”, afirma.

Além de reduzir as emissões de CO2 associadas à geração de eletricidade, a integração de módulos fotovoltaicos aos carros elétricos diminui os custos e a frequência de recarga das baterias.

Assim, a energia solar baixa os custos de recarga em até 74% em comparação aos veículos com motor a combustão, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Veja outras vantagens para recarregar o carro elétrico com painéis solares:

  • Economia. Os custos de carga das baterias podem ser drasticamente reduzidos, chegando a praticamente zero quando se utiliza energia solar.
  • Sustentabilidade. A energia fotovoltaica é renovável e limpa, contribuindo para a redução do impacto ambiental associado ao transporte.
  • Contra aumentos. Em época de estiagem e aumentos nas tarifas de luz, o sistema fotovoltaico ajuda a diminuir os custos.
  • Vida útil. Alguns painéis solares possuem garantia de 12 anos contra defeito de fabricação e 25 anos de garantia de produção linear de energia.

Algumas empresas de logística vão além. Elas estão instalando painéis solares na própria superfície dos veículos elétricos de sua frota. Então, essa tecnologia consegue transferir diretamente a energia para as baterias.