Não é fácil ser professor no Brasil. A profissão é marcada por baixos salários, jornadas desgastantes e um sem-número de limitações trazidas pelos baixos investimentos em educação. Mas esses profissionais tão importantes podem ganhar uma razão para sorrir: carro com desconto para professores.
Será discutida no Senado uma sugestão legislativa que prevê um desconto de 30% na aquisição de carros novos por essa categoria.
A sugestão tramita sob o número 40/2017 sob relatoria do senador Cidinho Santos (PR-MT). Ela está em votação no portal e-Cidadania, onde já recebeu mais de 20 mil assinaturas.
Com isso, foi capacitada para votação no Senado, primeiro passo para que seja convertida em projeto de lei. Caso não seja arquivada, as etapas seguintes serão a aprovação em várias comissões, a votação em plenário e a sanção presidencial, para que vire lei.
A cidadã que enviou a sugestão, Valdira Vieira, deu duas justificavas para o desconto. A primeira é que muitos professores precisam percorrer longos trajetos de suas casas até os locais em que lecionam.
A segunda é que os baixos salários muitas vezes os impedem de comprar carros para vencer essas distâncias.
Originalmente, a sugestão também abrangia os policiais militares e civis, sob a alegação de que ter um carro permitiria que eles morassem em áreas mais seguras e evitaria que fossem alvo de criminosos ao usar o transporte público. Mas o teor da sugestão foi modificado.
Hoje, a lei concede descontos na aquisição de carros novos a duas categorias: portadores de deficiências físicas (os chamados PcD) e taxistas.
Os taxistas têm isenção de IPI; para o público PCD, os benefícios incluem ainda isenção de ICMS, IOF e IPVA, desde que o valor de tabela do veículo seja de até R$ 70 mil.
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Volkswagen Tiguan
No mercado brasileiro há carros que já fizeram muito sucesso, mas perderam o brilho. Outros nunca conseguiram de fato chamar a atenção do consumidor. Nessa lista, reunimos esses modelos, cujas vendas estão tão em baixa que eles praticamente "respiram por aparelhos" no mercado. O Tiguan já foi um sonho de consumo da classe média, mas, de uns anos para cá, tem emplacamentos irrevelantes. É certo que vai em breve mudar de geraçao, mas, ainda assim, sua agonia mercadológica já é antiga, e não está relacionada ao iminente fim de linha. Em agosto, ele vendeu somente 31 unidades e no acumulado de 2017, 448.
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Fiat Palio
Colocar o Palio nessa lista é polêmico, mas necessário. O carro teve 2.200 unidades vendidas em agosto, e 17,5 mil no acumulado do ano. Não é um volume desprezível. Mas, para um carro com a história do Palio, é. Parece que foi ontem que lemos as notícias: Palio supera Gol e assume a liderança do ranking de vendas. Agora, a realidade é que, há meses, ele deixou de fazer parte da lista dos 20 mais vendidos. A Fiat simplesmente parou de investir nesse carro, que há anos não tem nenhuma mudança relevante. Em breve, ele sairá de linha.
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Renault Fluence
Se nunca chegou a brigar com Civic e Corolla, o Fluence, nos primórdios, era páreo ao menos para Sentra e Jetta, por exemplo. Hoje, ele perdeu completamente a relevância. No acumulado deste ano, vendeu 611 unidades. Em agosto, apenas 17. O fato é que o Renault é o maior representante de um movimento que já afetou peruas, hatches, minivans e agora começa a assombrar os sedãs: a perda de relevância de um segmento. Atualmente, só Corolla, Civic, Cruze e Jetta têm vendas consideráveis. Os demais já estão na "UTI". E desse grupo, o Fluence é o com estado de saúde mais precário.
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Peugeot 308
O segmento de hatches médios está praticamente morto no Brasil, mas Cruze Sport6, Golf e Focus ainda conseguem vender alguma coisa. O 308, não. Seus emplacamentos em 2017 totalizam 681 unidades. O Cruze, líder, tem quase 4,8 mil unidades vendidas.
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Honda CR-V
Já fez muito sucesso e chegou a ser um dos SUVs mais vendidos do Brasil. Porém, foi afetado pela chegada dos SUVs compactos, e reposicionado para se distanciar do HR-V. Desde o início da década sem alterações relevantes, o CR-V há anos respira por aparelhos. Neste ano, soma apenas 613 unidades vendidas. Esta geração está com os dias contados. A nova deve chegar até o fim deste ano.
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Volkswagen Golf Variant
É a única perua média fora do segmento de luxo à venda no Brasil. Ainda assim, conseguiu acumular apenas 475 emplacamentos neste ano - 66 deles em agosto. Excelente produto, com atributos para desbancar qualquer SUV, a Jetta é a prova de que o segmento de peruas está morto para o brasileiro - e, consequentemente, para as montadoras que atuam no País.
7/10
Ford Fiesta Sedan
O carro tinha deixado de ser importado, e agora voltou às lojas do Brasil. Seu resultado no mercado, porém, por enquanto ainda continua quase inexistente. Ele teve somente quatro unidades emplacadas em agosto.
8/10
Kia Picanto
Desde a entrada em vigor do regime automotivo Inovar-Auto, a maioria dos carros da Kia perdeu relevância no mercado brasileiro. O Picanto teve somente 692 emplacamentos no Brasil em 2017.
9/10
Peugeot 408
Este é outro sedã em estado de agonia. Seus emplacamentos neste ano totalizaram 815 unidades.
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Volkswagen SpaceFox
Há duas peruas compactas hoje no Brasil, Weekend e SpaceFox. Ambas têm registrado vendas irrelevantes. A da Volkswagen, porém, vai ainda pior que a da Fiat. Em 2017, somou apenas 474 unidades emplacadas (número que inclui a versão Space Cross).