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Prefeitura de SP descumpre lei e deve IPVA a donos de eletrificados
Legislação

Prefeitura de SP descumpre lei e deve IPVA a donos de eletrificados

Há mais de 330 ações de donos de elétricos e híbridos contra a Prefeitura. Falha em cadastro teria causado problema

Lucas Baldez

12 de nov, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Crédito: Toyota
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A Prefeitura não está cumprindo a lei municipal que incentiva a utilização de carros híbridos e elétricos em São Paulo. Sancionada pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) em agosto de 2015, a Lei nº 15.997, de autoria do vereador Antonio Donato (PT), estabeleceu que os donos desses veículos com valor de até R$ 150 mil teriam isenção, a partir de 2016, dos 40% do IPVA que cabem ao município. A Prefeitura alega que uma falha no sistema de registro veicular impediu a identificação desses contribuintes e, consequentemente, a devolução do imposto.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informa que está trabalhando junto à Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam) “para que os beneficiários recebam o reembolso com a maior brevidade possível”.

O descumprimento da lei já provocou mais de 330 processos na Justiça contra a Prefeitura. Presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Guggisberg se reuniu há cerca de 15 dias com Fernando Von Zuben, titular da Secretaria do Verde e Meio Ambiente. Segundo o representante da ABVE, o problema deve ser resolvido antes do fim do ano.

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Guggisberg afirma ainda que o próximo passo é estender o benefício a carros com preços acima de R$ 150 mil – atualmente, apenas o híbrido Toyota Prius, tabelado a R$ 126.600, se enquadra na regra. “O secretário prometeu que vai lutar por essa demanda”, diz.

Rodízio liberado

A lei prevê a devolução dos 40% do IPVA por cinco anos. Os elétricos e híbridos também estão isentos do rodizio municipal, que restringe a circulação de veículos no centro expandido da capital de segunda à sexta-feira. A ABVE informa que esse direito tem sido garantido.

Segundo o texto da lei, o benefício valerá também para veículos movidos a célula a hidrogênio, que devem chegar ao Brasil em breve. A Toyota, por exemplo, trará duas unidades do japonês Mirai para testes no País já no ano que vem.


 

VEJA TAMBÉM: Avaliamos no Japão o elétrico Nissan Leaf, que chega ao Brasil em 2019

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.