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Aceleramos a Ducati 959 Panigale
Avaliação

Aceleramos a Ducati 959 Panigale

Ducati 959 Panigale traz várias soluções eletrônicas, tem motor de 150 cv e acelera forte

José Antonio Leme

27 de jun, 2018 · 3 minutos de leitura.

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959 Panigale
Ducati 959 Panigale. CRÉDITO: MARIO VILLAESCUSA/DUCATI
Crédito:

Panigale. Além de fazer alusão à cidade onde fica a sede da Ducati (Borgo Panigale), o termo virou uma espécie de sinônimo de moto esportiva da marca italiana. Montada em Manaus e tabelada a R$ 69.900, a 959 Panigale, modelo de entrada na linha, é pura tecnologia.

Entre os recursos eletrônicos de série, há traz três modos de condução: pista, sport e chuva. Os dois primeiros liberam os 150 cv gerados pelo motor de dois cilindros em “L”. No último, são “apenas” 100 cv.

Há sistema antitravamento ABS e freio motor com três níveis de intervenção. Há oito ajustes para o controle de tração e quickshift, que permite trocar marchas sem acionar o manete de embreagem. O sistema garante mais agilidade, uma vez que o câmbio é longo e tem engates imprecisos.

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Também graças à eletrônica, a Ducati conseguiu deixar o comportamento da esportiva mais linear e menos explosivo que o da antecessora, a 899. O resultado é o melhor aproveitamento da potência e dos 10,4 mkgf de torque – dá para acelerar bem cedo em curvas, por exemplo.

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Na dirigibilidade, a 959 é exemplar. Mudar de trajetória é fácil e muito rápido. Apesar de ser uma moto compacta (1,43 metro de entre-eixos), a posição de guiar agrada. Há bom espaço para o piloto se acomodar, mesmo se tiver mais de 1,80 metro de altura. Digital, o quadro de instrumentos é completo, mas por ser convencional não oferece a melhor visibilidade.


As suspensões, da Showa na frente e Ohlins atrás, são totalmente ajustáveis. O sistema filtra bem as imperfeições do piso e tem respostas adequadas. Há também amortecedor de direção, que mantém a frente estável em altas velocidades. Os freios da Brembo, com disco duplo na frente e simples atrás, são muito eficientes.

Preço sugerido: R$ 69.900
Motor: 955 cm³, 2 cil., 8V, gasolina
Potência (cv): 150 a 10.500 rpm
Torque (mkgf): 10,4 a 9.000 rpm
Câmbio: 6 marchas

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”