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Volkswagen lançará linha ID elétrica com autonomia de 540 km
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Volkswagen lançará linha ID elétrica com autonomia de 540 km

Expectativa da montadora alemã é lançar primeiro modelo elétrico da linha em 2020

Redação

09 de out, 2018 · 4 minutos de leitura.

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ID.Buzz
Volkswagen ID Buzz
Crédito:Volkswagen/Divulgação

A Volkswagen anunciou que a produção das versões elétricas do ID, I.D. Crozz, I.D. Buzz e I.D. Vizzion estão virtualmente completas em termos de design e desenvolvimento. A linha ID terá um motor elétrico de 170 cv. Permitindo que o hatchback, por exemplo, acelere de 0 a 100 km/h em menos de 8 segundos. Os modelos também terão bateria modular com durabilidade de 321 km a 547 km.

Outra novidade é que os veículos vão oferecer uma nova arquitetura eletrônica, chamada E3. A plataforma acrescenta um processador mais potente e um novo sistema operacional vw.OS, capaz de receber atualizações sem fio. Segundo a Volkswagen, o sistema vai permitir manter os veículos atualizados durante toda a vida útil.

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A iniciativa visa acompanhar o crescimento do mercado de carros elétricos, cujas vendas subiram 60% no ano passado. Assim, a Volkswagen anunciou que pretende vender em torno de 150 mil veículos do tipo até meados de 2020. De acordo com Thomas Ulbrich, chefe de mobilidade elétrica da Volkswagen, os modelos ID hatchback e ID Crossover vão corresponder a 100 mil dessas vendas. A montadora pretende ultrapassar um milhão de unidades entregues até 2025.

Personalização dos ID

Os clientes também poderão optar por opções personalizadas na compra dos veículos. A escolha pela bateria dos carros, por exemplo, vai permitir ao motorista analisar a opção que melhor se adapta ao próprio uso. A montadora afirma que a opção vai diferenciar o preço final de modelos projetados para a cidade em comparação a modelos para longas distâncias.

Quanto aos modelos da linha ID, a recarga das baterias em estações de recarga rápida, segundo estimativas da companhia, devem demorar 30 minutos, aproximadamente. No entanto, uma vez que a expectativa é que a maior parte dos veículos seja recarregada em casa, a Volkswagen vai oferecer aos consumidores modelos de carregadores de parede. O custo inicial está calculado em 303 euros (modelo mais simples). A carga total será possível em uma noite.


Quanto ao debate sobre gastos de energia decorrentes da popularização dos modelos elétricos, a Volkswagen afirma que não será um problema. Cálculos da montadora apontam que um milhão de carros elétricos consumiriam aproximadamente 2.4 TWh de energia por ano, enquanto o consumo anual de energia na Alemanha é de 517 TWh. Os carros elétricos, portanto, representariam apenas 0.5% do aumento da demanda por energia.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”