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Panamera GTS: testamos a nova geração na pista
Avaliação

Panamera GTS: testamos a nova geração na pista

Esportivo chega ao mercado brasileiro no ano que vem. Confira também o vídeo

Rafaela Borges, de Sakhir, Bahrein

30 de out, 2018 · 5 minutos de leitura.

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Panamera GTS
Panamera GTS
Crédito:(Fotos: Porsche/Divulgação)
Panamera GTS

As versões GTS dos modelos da Porsche fazem o sangue ferver: elas levam o conceito de esportividade ao extremo. A segunda geração do Panamera, nas configurações cupê e perua (Sport Turismo), passa a contar com essa sigla. Posicionados entre as opções S e Turbo, os Panamera GTS chegam ao Brasil em 2019 e ainda não têm preços definidos.

O motor biturbo é um 4.0 V8 com 460 cv, 20 cv a mais que no Panamera GTS anterior. O torque é de 63,3 mkgf, ante os 56,1 mkgf entregues pelo antecessor, de 2013. O câmbio é automático de oito marchas e dupla embreagem e a tração, integral.

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Conforme a Porsche, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 4,1 segundos e a velocidade máxima é de 292 km/h. O carro tem também muitos elementos visuais esportivos.

A cor preta dá o tom no Panamera GTS: está na grade frontal, entradas de ar e spoilers laterais, rodas (que podem ter 20” ou 21”) e nas saídas de escape. Atrás, um aerofólio de quatro estágios chama a atenção: em alta velocidade, ele se abre para cima e depois para os lados, para gerar pressão aerodinâmica e deixar o carro mais grudado no chão, fazendo ele ir mais rápido em curvas.

As curvas, aliás, são o ambiente natural do GTS. Por isso a montadora escolheu para o lançamento do carro o circuito do Bahrein. A pista de 5,5 km tem 15 curvas, muitas delas bastante travadas.


O cenário é ideal para mostrar que o Panamera é feito para atacar as curvas com muito equilíbrio e sair delas com velocidade e alta capacidade de aceleração. Os exemplares avaliados estavam equipados com o pacote Sport Chronos. O principal item desse kit é o modo de condução Sport Plus (de série, há o normal e o esportivo).

Porsche Panamera GTS

 


 

Ele altera parâmetros de diversos componentes do carro, como motor, câmbio e os sistemas de auxílio à condução, deixando o Panamera GTS mais rápido nas respostas.

O cupê também fica mais grudado no chão, já que a suspensão adaptativa é rebaixada em 10 mm. Outro item alterado é o som emitido pelo escapamento (e projetado dentro da cabine). O V8 grita ainda mais alto na hora das acelerações fortes.


Na sequência de curvas do autódromo, o GTS se manteve firme mesmo nas mais travadas. Em alguns momentos, ameaçou sair de frente, mas os sistemas de auxílio à condução ajudam a evitar a perda de controle do carro.

As respostas da direção são impecáveis, e o Panamera pode receber eixo traseiro direcional – esterça as rodas de trás, melhorando as respostas em curvas e outras mudanças de trajetória.

Por dentro do Panamera GTS

O teto é revestido de Alcantara, que está também no volante e nos bancos. Eles são do tipo concha e dão ótimo apoio ao corpo. Há alumínio e aço escovado em painéis e portas.


A JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA PORSCHE

 

FICHA TÉCNICA


Motor
4.0, V8, 32V, biturbo, gasolina

Potência (cv)
460 a 6.000 rpm

Torque (mkgf)
63,3 a 1.800 rpm


Câmbio
Automatizado, oito marchas

Porta-malas
500 litros

FONTE: PORSCHE


 

Porsche Panamera GTS

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”