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ZF mostra computador automotivo mais poderoso do mundo
Tecnologia

ZF mostra computador automotivo mais poderoso do mundo

ZF RoboThink foi criado para possibilitar o desenvolvimento de carros autônomos de nível 4 e 5

Diego Ortiz, DE LAS VEGAS, EUA

07 de jan, 2019 · 3 minutos de leitura.

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CES 2019
ZF ProAI é o computador automotivo mais poderoso do mundo
Crédito:

A ZF mostra na CES 2019 (Consumer Eletronic Show), em Las Vegas, EUA, de 8 a 11 de janeiro, o computador automotivo mais potente do mundo, desenvolvido em parceria com a Nvidia. Chamado de RoboThink, ele pode fazer 600 trilhões de operações por segundo.

Com ele, a ZF, uma das maiores sistemistas do mundo, afirma que poderá agilizar o desenvolvimento do veículos autônomos de nível 4 e 5, sendo o último, o maior grau de automação possível, em que o veículo não possui volante e pedais.

Isso acontece porque sua robustez consegue estabilizar os cálculos do ambiente com base na fusão dos dados das câmeras e radares, e integrar as informações dos usuários que estão na nuvem.

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Com isso, os veículos conseguirão se mover sem a ação do motorista com a segurança que as novas legislações irão exigir. Táxis-robôs e sistemas autônomos de transporte de pessoas ou de carga também poderão usar este computador.

CRESCIMENTO DO SEGMENTO DE SERVIÇOS AUTÔNOMOS

De acordo com a ZF, estes segmentos irão crescer tanto quanto os de carros de passeio. Ainda segundo a empresa alemã, o RoboThink deve começar a ser aplicado em volumes significativos em 2021 e crescer junto da demanda por veículos cada vez mais autonomatizados, que deve atingir seu auge de virada em 2025.

Jornalista viajou a convite da ZF


*Atualizado às 16:51

BÔNUS: CARROS QUE NÃO VENDERAM NADA EM 2018:

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”