Accord é Honda na medida certa

O Accord chega à linha 2016 com atualizações no desenho e na lista de itens tecnológicos. Rival de modelos como o alemão Volkswagen Passat e o mexicano Ford Fusion, o sedã da Honda vendido no Brasil é importado dos EUA em versão única, EX, com tabela de R$ 156.300. O motor 3.5 V6 a gasolina que gera 280 cv e 34,6 mkgf não mudou. Na mecânica, há apenas ajustes na suspensão, para melhorar a dirigibilidade.

Pode-se dizer que o Accord encarna o caráter de sedã na medida certa, sem sobras nem falhas graves. O Honda anda bem e, embora pareça lhe faltar algum fôlego em baixa rotação (afinal, o torque máximo só surge a quase 5 mil rpm), essa sensação desaparece quando o motor atinge 3.500 rpm. Mesmo sem ser impetuoso, o modelo não faz feio em ultrapassagens, por exemplo.

Sobre pisos irregulares, uma das características de muitas vias brasileiras, o Accord se comporta como se estivesse rodando sobre plumas. Sua suspensão filtra com maestria os impactos dos pneus contra superfícies imperfeitas.
Mérito também da reprogramação feita na assistência da direção elétrica para transmitir mais leveza, de acordo com informações da marca. O sistema poupa esforços do motorista na hora de manobrar o sedã, que tem 4,91 metros de comprimento, e passa sensação de segurança em alta velocidade.

Apesar de o Accord não ser exatamente empolgante para quem o guia, o visual renovado chama a atenção e desperta olhares de curiosidade nas ruas. A dianteira ganhou desenho mais imponente, com faróis de LEDs que dão um toque de modernidade ao conjunto.

A cabine é bem acabada e a central multimídia tem duas telas. Enquanto uma projeta informações do navegador GPS, por exemplo, a outra pode mostrar dados do sistema de entretenimento ou imagens enviadas por várias câmeras, como a sob o retrovisor externo do lado direito, muito útil em mudanças de faixa. Se há um ponto negativo no Accord é a falta de emoção ao volante. Pelo menos se comparado a Fusion e Passat, que são mais instigantes de dirigir.

1/5