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Aceleramos o Honda NSX de Ayrton Senna
Avaliação

Aceleramos o Honda NSX de Ayrton Senna

Peservado pela família do ex-piloto, o Honda NSX preto, modelo 1992, parece ter acabado de sair da fábrica. O cheirinho de novo ainda é forte na cabine e o hodômetro marca pouco mais de 5.600 km. Confira a avaliação exclusiva

06 de mai, 2011 · 5 minutos de leitura.

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 Aceleramos o Honda NSX de Ayrton Senna

Leandro Alvares

Uma notícia relevante para quem gosta de esportivos passou despercebida no Salão de Xangai, em abril. No evento chinês, o presidente da Honda, Takanobu Ito, confirmou que a marca trabalha no relançamento do NSX, modelo feito de 1990 a 2005 cujo desenvolvimento contou com a colaboração de Ayrton Senna.

O tricampeão de Fórmula 1 costumava rodar a bordo de um desses carros quando estava no Brasil, mais especificamente no exemplar 1992 das fotos desta reportagem, avaliado com exclusividade pelo JC. Preservado pela família do ex-piloto, o NSX preto parece ter acabado de sair da fábrica. O cheirinho de novo ainda é forte na cabine e o hodômetro marca pouco mais de 5.600 km.

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A aparência de modelo novo é reforçada pela carroceria de linhas ainda bastante atuais. Há também o charme dos faróis escamoteáveis.


Esse Honda foi feito para acelerar forte. Do projeto aos materiais, o foco é o alto desempenho. Há componentes como monobloco de alumínio e motor com bielas de titânio. Ele foi o primeiro modelo vendido fora do Japão a utilizar o comando de válvulas variável da fabricante, batizado de V-TEC.

A posição de dirigir é fácil de achar e ideal para um carro de aptidão esportiva: baixa, e com os comandos todos à mão. Outra característica de carros do segmento: para dar partida é preciso pisar no pedal da embreagem. O ronco do motor central traseiro de alumínio, 3.0 V6 de 273 cv, invade a cabine inspirada na do caça F-16. Há espaço para duas pessoas.


Após engatar a primeira marcha no câmbio de cinco velocidades – com engates curtos e precisos -, basta uma leve pressão no acelerador para superar a barreira dos 100 km/h. Impressiona a velocidade com que o ponteiro do conta-giros chega ao limite de corte do motor – 8 mil rpm.

(CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO DO NSX)


Em curvas o NSX permanece grudado no asfalto. O bom comportamento é garantido pelo acerto das suspensões independentes e com braços sobrepostos, uma das contribuições de Senna ao projeto.

Completo, com direito a ar-condicionado digital e regulagem elétrica dos bancos, o NSX só não dispõe de direção com assistência. Detalhe que incomoda apenas em manobras. Em alta velocidade, como manda o figurino para o esportivo, ela é bastante precisa.


No quesito segurança há itens como controle de tração e freios ABS. O pacote tecnológico inclui limitador de velocidade, com comandos no volante. Não por acaso, Senna teve, além deste, outros dois NSX para se divertir longe da F-1.

FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE


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